A Mestranda em Fisioterapia Priscila de Freitas Pazos, funcionária da Secretaria de Políticas para a Terceira Idade de Maricá, realizou nesta terça-feira  (19/11), na unidade Centro da Casa,mais uma Roda de Conversa 60 +, que faz parte do seu trabalho de dissertação de mestrado na Ensp/Fiocruz.

Priscila apresentou seu trabalho no último Congresso da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, assim como participou do VII Fórum Internacional de Longevidade, ao lado de  Alexandre Kalache, um dos cientistas mais respeitados na especialidade. A profissional de Saúde  apresentou em data-show o resultado das três rodas de conversa anteriores, trabalho também apresentado no Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, nos dias 30/10, e 1 e 2/ 11.

Dezoito idosos da Secretaria de Políticas para a Terceira Idade foram convidados a participar do projeto, que discutiu temas relativos às questões mais recorrentes na Terceira Idade, como: preconceito, acessibilidade, inclusão no mercado de trabalho, o idoso nos meios e redes sociais, solidão e desigualdades, atendimento médico, violência doméstica, entre outros.

Esta última palestra trouxe à tona resultados em vários estados do país, mostrando que existem dificuldades, mas também avanços. No Ceará, por exemplo, com incentivo do estado, a iniciativa particular contratou recentemente 286 mil idosos, a maioria aposentados, para voltarem ao mercado de trabalho.

“Isto é um exemplo, que deve ser estendido a todo o país”, comentou o guarda municipal Souza Santos, 66 anos. “Eu mesmo, não pretendo parar tão cedo. O trabalho dignifica o homem, porque dá à sua vida um sentido de utilidade”, completou.

Foi comentada a necessidade da prática de exercícios físicos com orientação de um instrutor. “A física produz resistência em uma idade em que o organismo começa a enfraquecer. Sou faixa-preta em Tai-shi-shuan, assim como não descuido da minha mente”, ressaltou a psicóloga Creuza Maria da Silva, 79 anos, moradora no Condado.

Outro eixo abordado, além de Trabalho e Saúde, foi o do Meio Ambiente. “Hoje, 64 países no mundo, tem população acima dos 60 anos. O Brasil tem atualmente 28 milhões de idosos e, segundo a projeção dos gráficos, em 2060, teremos 60 milhões. Qual o tipo de inclusão que teremos até lá, para que o país continue avançando socialmente?”, indagou Priscila.

A roda de conversa continuou, sendo apresentada ainda em duas etapas. “Pela primeira vez na história mundial, temos mais idosos que crianças. A idade média do brasileiro aumentou, de 62 anos (1960), para 80 anos (2019), o que significa que precisamos reeducar a sociedade, para incluiu uma mão de obra que detém conhecimentos de vida. Caso contrário, continuarão na informalidade, e seremos tragados pela informática e pela robótica”, declarou a palestrante.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem políticas públicas para a terceira idade, inseridas na Constituição Federal Brasileira, no Estatuto do Idoso e outros documentos. No debate, foram dadas sugestões de capacitação de mão de obra para a terceira idade, como informática, aulas complementares para os que não tiveram oportunidade de estudo, ensino de artes tradicionais em maior escala, e outras.

 

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