Paulo Ávila

A Prefeitura de Maricá, por meio da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), iniciou a preparação de um terreno na Fazenda Pública Municipal Joaquin Piñero, no Espraiado, com objetivo de desenvolver fitoterápicos, óleos essenciais e cosméticos naturais. O arranjo produtivo de plantas medicinais é fruto de acordo que será formalizado em setembro entre a Maricá Biotec, empresa de biotecnologia recém-criada pela Codemar, e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). As plantas serão selecionadas pela universidade, e incluídas em uma horta modelo, para que agricultores locais conheçam as melhores técnicas de cultivo.

Na primeira fase do projeto, antes da elaboração de medicamentos, o laboratório da Biotec e da UFRRJ vão distribuir aos agricultores plantas com efeitos terapêuticos comprovados, como aloe vera, calêndula, camomila, hortelã, erva santa e cardo mariano.

De acordo com o diretor da Biotec, Eduardo Britto, um cadastro está sendo produzido para identificar as plantas medicinais que já existem em Maricá e quais delas são utilizadas pela população. “A partir desses tipos de plantas, poderemos desenvolver remédios mais baratos e mais eficientes do que os que existem no mercado. E muitos serão fornecidos gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS)”, adianta Britto.

Horta modelo e técnicas de cultivo

Segundo João Araújo, professor de agronomia da UFRRJ, a horta modelo que será fundamental para que os agricultores locais conheçam as técnicas e possam replicá-las em suas propriedades.

“Nós temos uma produção significativa dessas plantas certificadas no campus da universidade, em Seropédica. A ideia é reproduzir o mesmo modelo em Maricá. A partir da assinatura do convênio, que deve acontecer agora em setembro, serão investidos recursos para criação das áreas demonstrativas. Um edital vai convocar os agricultores para fazer parte da formação, e depois eles iniciarão a produção própria. Assim, será possível dar início ao arranjo produtivo que estamos planejando, porque essa produção dos agricultores locais será comprada e transformada em medicamentos naturais”, explica Araujo.

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