Maricá será tema do Cineclube Henfil de maio

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Documentário sobre as tribos indígenas do Xingu, no Mato Grosso, encerrou a programação de abril

Nesse mês, o Cineclube Henfil vai homenagear as iniciativas culturais desenvolvidas em Maricá. A programação "Maricá na tela do cinema" traz quatro documentários com um resumo das apresentações no projeto Sala Cult, na Festa Literária de Maricá (Flim), no próprio Cineclube e curtas-metragens sobre o Espraiado, localidade rural muito frequentada por turistas. As sessões são gratuitas e acontecem todas as quartas-feiras, a partir das 19h, na Casa de Cultura (Praça Dr. Orlando de Barros Pimentel, Centro).

Na abertura, o publico poderá rever os melhores momentos do projeto Sala Cult, idealizado e realizado pela Secretaria Municipal de Cultura. A sessão acontece nesta quarta-feira (07/05) e 30 minutos antes serão distribuídas senhas de acesso a Sala Darcy Ribeiro. A programação contará ainda com documentários sobre a primeira Festa Literária de Maricá (14/05) e Cineclube Henfil (21/05), além de curtas sobre a cultura do Espraiado (debulhar o feijão guando, Carnaval, Casa de Farinha do Espraiado e Casa de Farinha da Serra do Camburi) que serão exibidos na última quarta desse mês (28/05).

Filme sobre cultura indígena encerra mês de abril

Um documentário sobre as cinco tribos indígenas do Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso, fechou a programação "O Brasil não conhece o Brasil" apresentada em abril, no Cineclube Henfil de Maricá. O diretor de fotografia do curta-metragem "Xingu – A Terra Mágica", Lula Araújo, participou do evento, realizado na última quarta-feira (30/04), na Casa de Cultura, no Centro. O projeto da Secretaria Municipal de Cultura apresentou histórias emblemáticas das regiões do país (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste).

O filme aborda os grupos indígenas Waurá, Kuikuro, Yawalapiti, Metuktire e Panará, que foram documentados, pela primeira vez, em 1984, e as principais transformações que o diretor Washington Novaes e sua equipe encontraram em 2006, quando visitaram as tribos novamente. "O que mais me chamou atenção é que agora eles usam poços artesianos. Isso não existia em 1984. As antenas de televisões, motos e roupas são outras mudanças nas aldeias", destacou o diretor de fotografia. "Quando fomos gravar pela primeira vez achávamos que eles eram selvagens. Mas, na verdade, a verdadeira civilização é dos índios. Eles têm consciência ecológica, não desmatam, não poluem e somente pescam peixes grandes", completou.

Lula Araújo também contou curiosidades desta convivência com as tribos do Xingu. "O índio Marika, da tribo Kuikuro, ficou surpreso quando disse que morava numa cidade com o mesmo nome que o dele", lembrou ele, acrescentando uma mudança em seu cotidiano após o período em que passou nas tribos indígenas. "Em 1984, fiquei dois meses só dormindo em rede. Quando voltei para casa não consegui mais dormir na cama e agora só durmo na rede", concluiu.

Moradora do Centro, a pensionista Terezinha de Jesus, de 73 anos, participou do Cineclube Henfil pela primeira vez e aprovou o projeto da Secretaria Municipal de Cultura. "Adorei este documentário sobre índios e é muito importante esse incentivo à cultura com filmes de qualidades e gratuitos", afirmou Terezinha.