Espetáculo "Meias verdades" - Foto: Danilo Sérgio

“Meias Verdades”, peça apresentada na manhã desta quinta-feira (09/08) pela Cia. de Teatro Popular, de Duque de Caxias, no Cineteatro Henfil, emociona pela introjeção cênica. Porque traz, nas entrelinhas do texto, uma mensagem de perdão, tolerância e ‘mea culpa’ pelos ‘não ditos’ em vida, de fazer refletir a plateia. O autor Cesário Candhi, que também atua no palco com Nancy Calixto, aponta o amor como sustentação da narrativa e lembra que preconceito nada mais é do que ausência de um olhar afetuoso.

A história se passa no banco de uma praça, onde um homem e uma mulher se esbarram numa madrugada de outono e começam a conversar sobre suas dores, crenças e arrependimentos. Ela, a princípio, sem saber que não se tratava de um encontro tão casual assim. A personagem Joana, uma mãe enlutada pela morte do filho, descobrirá relutante que, na verdade, sua relação com o rapaz não era transparente como imaginava.

“Essa personagem é diferente de todas as que interpretei antes e me deixa à flor da pele. E, apesar de eu não ser mãe, ela vem com tanta força no palco, a ponto de eu precisar domá-la, para não deixar que tome conta da minha emoção e me atrapalhe em cena”, comenta Nancy. Pela primeira vez no festival, os dois não escondem o entusiasmo de estar participando. “São dez dias de troca, aprendizado e a possibilidade de ampliarmos nossa rede de conhecimento”, diz Césário.

Ele também conta que o espetáculo é um desafio e sai completamente do que a companhia, com 21 anos de estrada, está habituada a fazer: “algo mais ligado à folclore, com música, dança”. Na plateia, o ator Jorlan Oliveira aprovou a proposta do grupo e ressaltou o quanto o festival está rico em qualidade e diversidade. Já a primeira-dama Rosana Horta, que também compareceu, elogiou a temática da peça ao “falar de amor incondicional”.

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