Dez artistas plásticos de Maricá se reuniram na Praça Orlando de Barros Pimentel (Centro) no último sábado (18/11) para fazer pinturas ao ar livre. Cada um buscou se inspirar em um motivo diferente que ia de paisagens a bonecas e até desenhos de animação.
Segundo a coordenadora de artes plásticas da Secretaria de Cultura, Tatiana Castelo Branco, foi o grupo de artistas, liderado por Erika e Giovani, que procurou a secretaria pedindo apoio.
“Como a ideia era reunir os artistas da cidade para que houvesse uma troca de experiências e para que cada um pudesse mostrar o seu trabalho à população, que muitas vezes não conhece o que é produzido em nossa cidade, prontamente participamos. Aqui, cada um trouxe o seu material, por isso uns usaram guache e outros com tinta a óleo”, explicou Tatiana, ressaltando que o momento também foi aproveitado para interagir com as crianças.
Posteriormente, o grupo pode voltar a se reunir para organizar coletivas, exposições e mostras. É o que pensa Erica Peçanha (46 anos), que tem um atelier no Flamengo, onde mora. “No nosso atelier temos cursos desde rápidos a longos e workshops porque amamos a arte, então queremos realmente reunir os artistas de Maricá para depois fazer algum trabalho em conjunto”, explicou, admitindo ter voltado a pintar há pouco tempo. “Cheguei a fazer quatro anos de faculdade de Belas Artes, mas fiquei muito tempo sem pintar, agora que estou voltando”.
Morador de Ponta Grossa, Giovane Rodrigues (36 anos) falou sobre a interação entre os artistas. “Eu acho que esse trabalho tem que ser divulgado na cidade pra incentivar as pessoas e ser mostrado também de forma profissional e não só como uma coisa recreativa. Temos que fazer com que as pessoas entendam, gostem e possam consumir a arte de alguma forma. O objetivo aqui é que cada um se apresente e fala sobre seu atelier, abrindo espaço pra todos”, esclareceu.
Formado em cinema, Luiz Gustavo de Souza (27 anos) mora no Caju e também fez questão de participar. Afinal, trabalha com pintura há 10 anos. “Nós sempre vemos vários pintores falando, mas nunca os vê todos juntos trocando experiência e técnica. Resolvi pintar a tartaruga como referência, porque a anatomia dela é bem complexa e atualmente estou mostrando o espaço de uma nova maneira, mais fantasiosa. A tartaruga é um ser que vive por muito tempo e parece guardar um grande segredo, ainda mais essa aqui que é baseada numa foto especifica da que conviveu com Darwin”, relatou.
Sem nenhuma experiência no ramo, Thais Gomes (26 anos) veio de São José do Imbassaí após saber do evento através das redes sociais. “Despertou meu interesse e resolvi pintar para me distrair. Estou tentando fazer a pedra dos macacos que fica no meu bairro, porque acho essa pedra muito bonita. Já fiz trilha lá e é muito bacana”, disse.
Marcela Peçanha (28 anos) estava no local com os filhos a convite da mãe. Moradora do Flamengo ela não pintou, apenas ficou observando os filhos e contou que resolveu levar as crianças “porque é bom pra aprenderem a se expressar através da pintura”. E eles realmente se expressaram no papel, na roupa e nos próprios corpos. Estavam cobertos de tinta e felizes corriam em parte da praça mostrando a alegria de serem crianças.
