Foto: Marcos Fabrício

“Patrimônios Culturais” de Maricá foram temas de palestra no Cine Henfil nesta quarta-feira (08/11) organizada pelas Secretarias de Cultura, Ciência, Tecnologia e Comunicações e Turismo. Coordenadora de patrimônio cultural de Maricá, a professora Mariana Caruso, destacou a importância de aproveitar o que a cidade tem desde suas lendas à sua alimentação. “Precisamos nos apropriar das culturas locais e levar para casa, para que a nossa família tenha acesso, porque nós somos o que comemos. Então, nossa cultura alimentar é muito importante”, disse.

Pensando nisso, foi criado o projeto “Maricá de Todos os Sabores” que, associado ao “Maricá de Todos os Saberes” – ambos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Comunicações – contribui para que o maricaense conheça e valorize o município em todas as suas características geográficas, históricas e comportamentais, em que sabor e saber estejam presentes nas relações afetivas.

“Estamos pensando num festival com chefes de todo o mundo usando a nossa comida em pratos gastronômicos sem fronteiras porque a cultura não tem fronteiras”, ponderou o secretário Sérgio Mesquita.

Subsecretaria de Cultura, Mônica Rigo, falou sobre a importância da troca com outras pessoas. Recém-chegado do seminário internacional “Desenvolvimento, Governança Territorial e Saúde”, o gerente de projetos Délcio Teobaldo concordou com ela.

“Eu sou de Minas Gerais, mas moro em Maricá há 20 anos e conheço o chão onde eu piso pelo sensorial que são o que eu escuto, como e cheiro na cidade. Já comi guando, doce de sola, pirão de peixe com banana e bebi a cachaça de camboinha. Mas aqui não tem restaurante de culinária local, a cidade é morta em termos de gastronomia. Nós consumimos a cultura americana como se fosse a ideal. Os alimentos de Maricá tem que ter o selo assim como o de tantas outras cidades”, ressaltou.

Palestrante convidado, o Master Chef International, Fernando Calderón Boris, que também é diretor executivo da Associação de Restauradores Gastronômicos das Américas; representante da Federação Culinária da República de Cuba no Brasil e Diretor Executivo de Aregala falou sobre sua experiência de vida quando morou na cidade.

“Falar de identidade é falar de patrimônio, de como o mundo nos olha. Eu morei em Itaipuaçu e era proprietário de um restaurante cubano. Esse estabelecimento me trouxe música, alegria e muitos amigos”, ressaltou, antes de completar. “Quando se fala de patrimônio também se fala de alimento, tudo que foi consumido pelos nossos ancestrais e o dia a dia desse alimento. Alimentação cria mundos, costumes e modas. Nossas crianças têm muitos problemas de saúde por causa da alimentação com muito fast food, hambúrgueres que não tem nada a ver com a cultura e ainda é prejudicial à saúde. As crianças acabam deixando de conhecer uma alimentação que é muito rica e saudável”, concluiu.

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