Participante da Gincana pintou a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo - Foto: Fernando Silva

​Aconteceu no último sábado (26/08), a XXX Gincana Nacional de Pintura de Maricá, realizada pela Prefeitura através da Secretaria de Cultura. O evento contou com a presença de artistas e visitantes participando em clima de festa em um clima de disputa saudável entre os inscritos. A competição teve início às 8h, na Praça Orlando de Barros Pimentel, e mais tarde, após entrega dos trabalhos para serem avaliados pelo júri, aconteceu a cerimônia de premiação no Cinema Henfil, às 18h.

A tela vencedora da gincana foi uma aquarela de Paulo Gomes, artista plástico de Paraty, que se sentiu honrado com o prêmio. Segundo ele, alcançar um primeiro lugar é sempre uma surpresa, por mais experiente que o artista seja: “E numa gincana, eu venho com espírito de participação e no momento que estou pintando, não estou pensando se vou ganhar ou deixar de ganhar, eu quero pintar. Mas é sempre uma honra vencer entre tantos artistas bons, eu conheço todos, então valoriza ainda mais a vitória”, comemorou.

Já pela manhã, muitos estudantes lotaram a tenda montada na praça, onde soltaram a imaginação fazendo desenhos e botando no papel toda a sua criatividade. “Este é sempre o clima da gincana de Maricá, de descontração, de leveza e o tempo ainda ajudou. Queremos, acima de tudo, valorizar uma classe artística que pode encontrar em Maricá fontes belíssimas de inspiração, além de incentivar as crianças a entender a arte através da pintura”, disse a secretária de Cultura, Andréa Cunha. Morador de Maricá, o designer Antônio César Guedelha de Oliveira, 38 anos, contou que participou de uma gincana em 1982 na cidade. “Vi a movimentação na praça e entrei, acabei em segundo lugar”, recordou. “Muitas pessoas vem de outras cidades para participar da gincana, esta é uma grande oportunidade que o município tem para mostrar seu potencial. É sempre legal ter esse incentivo à cultura”, completou.

Pablo Oliveira, professor de artes, era um dos mais animados: “Esse evento valoriza muito não só o artista local e mesmo os que vêm de fora, mas também nossa paisagem. Sou suspeito para falar porque gosto muito da gincana, movimenta a cidade”, comentou o professor e um dos integrantes do corpo de jurados que avaliou as obras da disputa, como a do segundo colocado, Rogerio Vianna.

Com um estilo espatulado, carregando nas tintas e no volume, o segundo colocado Rogerio Vianna lamenta que não haja mais tantas gincanas como antes. “Sentimos falta disso, é um estímulo saber como está o nível do nosso trabalho. Só uma gincana nos avalia tecnicamente e nos faz ver se estamos ou não no caminho certo, além de podermos ser visualizados por muito mais pessoas”, disse Rogerio, de Barra de São João.

Já o carioca Sousa Rodrigues, especializado em óleo ou acrílico sobre tela e terceiro colocado, elogiou a iniciativa da prefeitura com a gincana. Ele também lembrou que, hoje em dia, não é mais tão comum haver eventos como esse voltados especialmente para os artistas plásticos: “Uma ótima iniciativa da prefeitura e que deve permanecer”, sugeriu.

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