As políticas sociais realizadas em Maricá são apresentadas no seminário, no Cinema Henfil - Foto: Fernando Silva

O Seminário de Políticas Sociais foi aberto nesta segunda-feira (05/12), no Cinema Público Municipal Henfil. Um público de mais de 100 pessoas acompanhou a discussão do tema “Desenvolvimento Econômico e Trabalho”. O seminário prossegue até o dia 09/12, sempre às 17h, com temas diversos. A abertura, após apresentações musicais em homenagem ao poeta Ferreira Gullar, coube ao secretário municipal executivo de Políticas Sociais Alexandre Rodrigues, que compôs a mesa ao lado do também secretário executivo de Chefia de Gabinete, José Carlos Azevedo, e dos secretários adjuntos Alan Pinheiro (Desenvolvimento Econômico) e Marcelo Carvalho (Trabalho e Emprego) e do economista Mauro Osório.

Alexandre Rodrigues lembrou das reuniões realizadas para integração dos setores e do trabalho conjunto das secretarias, para desenvolvimento de políticas públicas progressistas. “Evoluímos porque investimos em políticas integradas para a cidade”, afirmou. “O seminário vem em um momento difícil para a vida política e econômica do país, porém sua atuação se faz necessária para difusão de políticas públicas em prol da população brasileira”, disse José Carlos Azevedo. O secretário Alan Pinheiro – que representou o secretário municipal executivo de Desenvolvimento, Lourival Casula – apresentou o vídeo institucional produzido pela Prefeitura e apresentado em feiras de negócios no exterior como ferramenta de captação de investimentos. “Em oito anos, Maricá ganhou projeção internacional, pelas obras realizadas e avanços sociais conquistados”, analisou. “Centenas de quilômetros de vias asfaltadas possibilitaram outras obras de estrutura e atraíram empreendimentos particulares de médio e grande porte, gerando a necessidade da qualificação de mão de obra e ampliando o mercado de trabalho”, disse Alan.

Marcelo Carvalho, secretário adjunto de Trabalho e Emprego, adiantou que ao assumir a pasta existiam apenas os projetos do Pró-Jovem e do Sine (Sistema Nacional de Emprego). ”Depois veio o Sest/Senat (curso para motoristas do município). Cadastramos 145 novas empresas como Habib’s, Leader, Lojas Americanas e outras, e encaminhamos candidatos para essas vagas de emprego”, descreveu. “Com a Brava Training (inglês para taxistas e recepcionistas), fizemos o preparatório para a Copa do Mundo de 2014. Hoje, a espinha dorsal está pronta: mantivemos o convênio com o Sine (balcão de emprego, carteira de trabalho, seguro-desemprego), com 10.660 cadastros, de pessoas de outros municípios inclusive”, acrescentou. Marcelo lembrou também da contratação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que oferece dezenas de cursos trimestralmente em três Pólos de Ensino (Flamengo, Itaipuaçu e Inoã). “Já são 2.000 alunos formados em Solda Industrial, Tubulações Metálicas, Mecânica e Eletricidade Automotiva, Assistente de Operação Logística e Informática, além de Confecção de Vestuário e Modelismo (carreta-oficina no Minha, Casa, Minha Vida de Itaipuaçu)”, acrescentou. “Em março deste ano, a Prefeitura participou de uma ação global com 28 mil visitantes. É muita realização em um só governo, e estamos prestando contas desses investimentos à população”, contou.

O economista Mauro Osório fechou o primeiro dia falando da conjuntura econômica de Maricá, do Estado do Rio e do Brasil. “A crise econômica que ocorreu nos EUA e Europa, de oito anos para cá, chegou ao Brasil com outra cara. Aqui, o prejuízo está na casa dos R$ 180 bilhões e, principalmente em nosso estado, foi causada pela redução do preço do petróleo (de US$ 100 para US$ 30, o barril), o que acarretou o corte drástico dos royalties”, analisou. “O Judiciário fluminense custa 70% a mais que o de São Paulo, embora esse estado tenha uma economia três vezes maior e arrecade cinco vezes mais”, complementou. Ainda de acordo com Osório, Maricá é um dos poucos municípios que está resistindo à crise geral, com a premissa da construção do Porto de Jaconé (“o porto de Antuérpia gera 35% do PIB da Bélgica”), o complexo hoteleiro São Bento da Lagoa, a Universidade Pública de Maricá e outros investimentos abrindo um leque de expectativas para o município. “É preciso planejar políticas urbanas mais efetivas, adquirir mais informação, qualificação e especialização, para as novas demandas e oportunidades que surgirão e que impactarão muito em breve o município”, concluiu.

A população acompanhou a apresentação e encaminhou pedidos e sugestões. Brenno Silva, 18 anos, ensino Médio completo, perguntou sobre a coleta urbana de lixo, reciclagem e o meio ambiente. “Já participei como colaborador de bairro no Rio, onde morei, e achei a experiência interessante”, adiantou. Já Rosangela Cândido, 53, moradora de Cordeirinho, mãe de dois filhos e avó de três netos, queria saber dos procedimentos para implantação de uma cooperativa. “É uma forma mais justa e igualitária de organizar a produção e repartir o capital, recompensando melhor o esforço do trabalhador”, finalizou Adriana.

 

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