imagem da sessão do Cineclube Henfil
O Cineclube Henfil reestreia no Cinema Henfil

O Cineclube Henfil retomou a sua programação nesta quarta-feira (31/08), agora no Cinema Público Municipal Henfil. Para marcar a reestreia foi exibido o curta-metragem “Delírios de uma inexistente”, produção do diretor maricaense Luís Gustavo de Souza. O elenco conta, além de outros atores, com a participação da jovem atriz Monik Costa e Silva, 15 anos, moradora de Bambuí e aluna do 1º ano do Ensino Médio do Ciep 259. A direção musical é de Pedro Szighety e a produção conta com Juliana Chaves, João Víctor Gonzalez e Stéfany Bicalho (equipe “Dragão Negro”).

Luís Gustavo, 26 anos, é concluinte do Curso de Cinema da Universidade Federal Fluminense (UFF), e o filme, produzido este ano em Maricá, foi requisito para a sua graduação. “Ainda falta a monografia, mas acho que dá para passar”, brincou. O curta-metragem, de 15 minutos, é um misto de filme e desenho animado, inspirado no “Balão Vermelho”, de Albert Lamorisse, de 1956. Segundo Luís Gustavo, ao contrário do filme francês, a trilha sonora de “Delírios…”, cria um distanciamento entre o espectador e o personagem. No filme, a personagem interpretada por Monik desenha monstros, como retrato dos conflitos que vive com a família e a sociedade.

Depois da exibição do curta, a equipe abriu espaço para o debate com a plateia. Sandra de Souza, 46 anos, perguntou como uma atriz tão nova como Monik teve coragem de abraçar um projeto tão ousado. “Foi uma experiência nova e gratificante. Passei por uma prova de fogo, mas foi divertido. Já tinha participado antes como figurante no filme “A Toca do Saci”, disse a jovem atriz, referindo-se a outro trabalho do diretor.

O média metragem “A Toca do Saci” foi rodado e produzido em Maricá e deve ser exibido pela primeira vez no dia 31 de outubro, também no Cine Henfil. “No filme, tento alertar sobre o perigo do autoritarismo e repressão sobre os jovens, que estão na fase de formação de identidade, e o que sofrem por discriminação, bullying e outros tipos de violência, de estranhos e da própria família, o que prejudica seu psiquismo e identidade”, enfatiza Luís, que produziu ainda “O árido”, com 1 minuto de exibição, e “O massacre dos 4 dedos”, onde retrata o personagem Mickey Mouse como anti-herói, filme que recebeu Menção Honrosa em 2012, no Festival Caverna, em Florianópolis (SC).

Luiz Gustavo leciona no Curso Livre de Cinema, que acontece gratuitamente aos sábados pela manhã (10h às 12h), em Maricá. “Recomeçaremos em meados de outubro, agora de casa nova. Tudo na vida é conquistado com esforço e é isso que digo aos mais jovens. Sou filho de um agricultor e de uma empregada doméstica, e me orgulho de meus pais. Devido às dificuldades, pensei em desistir da carreira, mas eles sempre me incentivaram”, conclui.

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