Maricá faz kizomba no domingo de carnaval

0
1006
Com o pique acelerado, Marinho Duka sacudiu a praça

A sequência de ritmos frenéticos no repertório de Marinho Duka, que abriu a noite de shows na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro, e a força da Bateria 40º da União da Ilha foram responsáveis por juntar uma multidão de foliões de todos os tipos, torcedores de times de futebol e de escolas de samba, em total harmonia com as músicas cantadas pelos intérpretes e a batida marcada pelos instrumentos.

 Indiferentes ao pula-pula de gente com samba no pé ou de quem estava apenas disposto a balançar o corpo para se divertir na kizomba, crianças brincavam no parque. Ao redor de toda a praça, bares lotados, ambulantes, homens vestidos de mulher, sombrinhas agitadas sem frevo, casais namorando e diferentes tipos de aspirantes a um lugar nas fotos do reinado de Momo completavam o cenário.

 As amigas Ida Marinho e Silvana Silva, de São José de Imbassaí, só queriam saber de cantar e pular. “Está ótimo”, disse Ida, enquanto Silvana balançava a cabeça, concordando. Para Edley Maciel Silva, de Araçatiba, que estava acompanhado da mulher e levava uma sobrinha nos ombros, o carnaval deste ano “está melhor que o anterior”. Daiana de Souza, de Maria Paula, São Gonçalo, experimentando pela primeira vez o carnaval de Maricá, aceitou opinar mas foi categórica: “Estou gostando.”

 O grupo da Bateria 40º da União da Ilha, comandado pelo mestre Rabicó, com seus 15 ritmistas, o cantor Nando Pessoa, mais Vinícius no cavaquinho e as passistas Gabi, Nany e Rafela, relembrou velhos sambas-enredo e não parou a batucada até as 2 da manhã. Marinho Duka e sua banda, que subiram ao palco poucos minutos após as 22h para dar início à animação ao vivo, trouxeram para a praça sucessos amplamente conhecidos, acelerando o andamento e explorando a euforia do público, indo de Chiclete com Banana a Lulu Santos e Legião Urbana, num pique só encerrado quando os foliões já pareciam pedir um intervalo para um breve descanso, depois de a semana inteira ficar esperando o carnaval chegar.