Produzido pelo Espaço Tápias e trazido para Maricá com o apoio da Secretaria de Cultura, o projeto Dança em Trânsito passou pela Lona Cultural da Barra de Maricá, pelo Residencial Carlos Alberto Soares de Freitas (Minha Casa Minha Vida Inoã), pelo Centro de Artes e Esportes e Unificados (CEU – Mumbuca) e pela Orla de Araçatiba na última segunda-feira (19/08).

Até a noite desta terça-feira (20/08), o evento que faz parte do XVII Festival Internacional de Dança Contemporânea vai levar artistas e companhias da França, Itália, Suíça, Holanda, Espanha, Portugal, Cuba e África para perto do público maricaenseO bailarino Romual Kaboreque veio de Burkina Faso, na África, falou sobre o processo de criação da montagem autoral, Romual Sans D’, apresentada na lona cultural. 

“Nesta criação eu parti de quatro verbos para conseguir exprimir tudo que eu gostaria de dizer, tem os verbos vir, olhar, perder e sonhar. O mais importante de tudo isso é contar um pouco da minha vida e do meu percurso, que é uma história de separação, de movimento contrário, de mão dupla. Esta peça é uma maneira de encontrar a minha liberdade. Tenho formação em dança contemporânea, mas utilizo a energia das danças africanas nas minhas apresentações”, afirmou Romual.

gonçalense Karen Ramos, que se apresentou como convidada, falou sobre a oportunidade. “Tenho uma companhia de dança em São Gonçalo e já apresentamos o nosso trabalho em Maricá algumas vezes. Desta vez vim para assistir, curtir o Dança em Trânsito, e acabei me apresentando. Adorei, este é um evento muito importante e um projeto muito bonito”, revelou Karen.

Aluna da Escola Municipal Vereador João da Silva Bezerra, Ana Júlia da Costa Leite (14 anos) falou sobre a experiência vivenciada durante o espetáculo. “Sou fanática por dança, sempre gostei de dançar e adorei ver a Karen falando como se descobriu na dança”, disse depois de um bate-papo com os artistas.

O Residencial Carlos Alberto Soares de Freitas ganhou um espaço especial entre os blocos C e D do conjunto habitacional, recebeu o duo Ven, de La Coruña (Espanha) e Havana (Cuba). Logo após a apresentação da dupla, Renata Versiani, do Referência em Arte (Rio de Janeiro), também apresentou a montagem “O azul do céu me indetermina”, seguida pelo Grupo Guerrilheiras, formado por cinco jovens moradoras do condomínio.

Bailarina clássica com passagem pelo Theatro Municipal do Rio, onde atuou durante 11 anos ao lado de grandes nomes como Ana Botafogo e Cecília Kerche, Renata contou como é estar tão próximo do público.

“Para o artista é maravilhoso ter este contato, e é muito importante também, porque é isto que faz com que a arte viva. Nos tempos de hoje, em que o mundo está tão sofrido, conseguir se aproximar das pessoas e fazê-las participar um pouco disso, vibrar junto, é a famosa transformação que buscamos”.

Escrito e interpretado por Francesca Ziviani, da França, o solo “La Bambina Impertinente”, buscou expressar as sombra de nós mesmos através de gestos, palavras, atitudes, cantos e danças, que foram acompanhadas com atenção pelo público do Centro de Artes Unificadas (CEU), que fica na Mumbuca.

Já no palco montado na orla da Lagoa de Araçatiba, na altura da Praça Tiradentes, outro público atento se emocionou com as apresentações da Quasar Cia. de Dança (Goiânia), com a obra “Brasil Mulheres” e da companhia de dança Rosa Antuña, de Belo Horizonte, com “O Vestido”, encerrando a segunda noite do Festival.

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