Evento "Abril pra 24h de capoeira" - Foto: Elsson Campos

A quadra do Complexo Esportivo Leonel de Moura Brizola (Arena Flamengo), no Flamengo, recebeu neste fim de semana 06 e 07/04 (sábado e domingo) a quarta edição do “Abril pra 24h de Capoeira no Iê”. Trata-se de uma maratona esportiva e pedagógica, com atividades teóricas e práticas, apoiada pela Secretaria de Esporte e Lazer e direcionada para capoeiristas de todo o estado do Rio de Janeiro, além de participantes do Espirito Santo.

Sob o comando do Mestre Capa, responsável e coordenador do projeto, estima-se que a evento recebeu cerca de 100 atletas. Dentre as atividades estavam capoeira adaptada, palestra para formação de professores, capoeira pedagógica, entre muitas outras. As 24h de maratona foram finalizadas no domingo (07/04), na orla da lagoa do Boqueirão, com uma roda de capoeira.

“Esse evento representa um legado cultural e desportivo da capoeira brasileira, no qual pretendemos qualificar novos profissionais da capoeira para trabalhar com mais confortabilidade junto às pessoas que procuram essa modalidade como atividade esportiva”, explicou Mestre Capa. “Nosso intuito com esse evento, dando seguimento as três edições passadas, é fazer da capoeira um modelo de arte genuinamente brasileira”, destacou o mestre.

Para moradora de São Gonçalo e uma das organizadoras do evento, Fabricia Pina, também conhecida como Mestre Thiara, única mulher no Conselho de Mestres do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a capoeira é mais que uma atividade esportiva. “Estou há 30 anos na capoeira e quando falo da capoeira, estou falando da minha família. A capoeira contribuiu e continua contribuindo para minha formação enquanto cidadã, mãe, além de me possibilitar conhecer um mundo. E, esse evento hoje tem uma grandeza enorme, pois não traz a capoeira apenas como um esporte, mas também como uma relação de afetividade e socialização”, relatou Mestre Thiara.

Já para a servidora pública, Barbara White, de 41 anos, moradora de Itaipu, Maricá se destaca do restante do estado em relação ao esporte e a educação oferecida para a população. “Comecei na capoeira com 10 anos de idade e naquela época era muito diferente principalmente porque o número de mulheres na capoeira era muito pequeno”, contou Barbara. “E, bem antes de se falar em inclusão o Mestre Capa já promovia a inclusão de mulheres, idosos e deficientes nas suas aulas. A prefeitura de Maricá está de parabéns em apoiar essa iniciativa e eu, cada vez mais, fico impressionada como Maricá se destaca na questão esportiva e educativa e social”, ressaltou Barbara.

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