Peça Macunaíma apresentada no festival - Foto: Clarildo Menezes

Nesta segunda-feira (06/08), em sua quarta noite de apresentações, o 40º Prêmio Paschoalino – Festival de Teatro Estadual da FETAERJ, realizado em parceria com a Prefeitura de Maricá, através da Secretaria de Cultura, lotou o Cineteatro Henfil, no Centro, com o espetáculo “Macunaíma – Um herói sem cárter”, da Companhia de Teatro Creche na Coxia, de Cabo Frio. “Participar de um festival como esse, do qual, estive desde a sua primeira formação, há 40 anos, e estar festejando esse aniversário aqui em Maricá é uma alegria muito grande”, comemorou o diretor do espetáculo José Facury.

Sobre o espetáculo o diretor falou a respeito da relevância da obra que mistura índios, negros e brancos. “Macunaíma é uma obra ícone da literatura nacional. É um romance de Mário de Andrade que já foi cantado em verso, prosa, samba, cinema e várias vezes encenadas no teatro. E, nós estamos aqui repetindo a dose porque Macunaíma é uma obra literária que faz com que nós nos entendamos melhor como brasileiros”, explicou Facury.

Maria de Fátima da Silva e seu marido Marcos Cesar da Silva, ambos de 50 anos, moradores do Pindobal, falaram da importância de eventos como o festival acontecerem na cidade. “Fico muito feliz pelo nosso município estar recebendo um festival de teatro como esse. O povo precisa ter acesso a esse tipo de cultura”, afirmou Marcos. “Estou maravilhada. Nunca tive a oportunidade de participar, de estar em um festival de teatro e estou adorando tudo”, elogiou Maria de Fátima.

O ator e jurado do festival Licurgo Spinola fez uma avaliação dos primeiros quatro dias do festival e falou sobre a expectativa dos próximos dias. “O festival está muito bom, principalmente em relação a plateia que está maravilhosa, todos os dias tem ficado cheio. Tivemos até agora muitos espetáculos com linguagens, perfis e temáticas diferentes, algumas inclusive polêmicas e bem interessantes. A diversidade de temas só aumentam a qualidade do festival”, explicou Licurgo.

A teatróloga e jurada Sassá Samico também ressaltou a diversidade do festival. “São vários tipos de espetáculos e com dramaturgias muito diferentes e o importante é justamente essa troca entre os grupos. Todos os dias têm acontecido oficinas, nas quais, avaliamos os espetáculos apresentados e isso é muito enriquecedor”, analisou Sassá.

Já o ator e jurado Gilson de Barros além de elogiar os quatro primeiros dias do festival aproveitou para falar sobre Maricá. “Já passei por Maricá várias vezes, mas não conhecia o município e estou positivamente surpreso com a cidade. É uma cidade limpa, pulsante e se todo município fizesse o trabalho que Maricá está fazendo o nosso Brasil ia muito mais a diante. E, é muito prazeroso ver Maricá abraçando o festival de teatro. Minha percepção é de que a cidade compreende a cultura como uma mola que pode impulsionar o desenvolvimento”, afirmou Gilson.

“É claro que nós pensamos em uma grande programação, com espetáculos de qualidade para que o festival fosse um sucesso, mas o que tem tornado isso possível sem duvidas é o público. A casa tem estado sempre lotada. Tem muita gente que nunca tinha vindo ao teatro, mas há também um público fiel formado a partir dos projetos que realizamos no município através da Secretaria de Cultura e a nossa expetativa daqui pra frente, até o encerramento do festival, é de que com a divulgação isso só aumente”, desejou Tiago Costa, diretor de divulgação da Fetaerj.

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