Objetivo foi consolidar as diversas ações propostas durante os encontros do “Tecendo a Rede” - Foto: Michel Monteiro

Foi apresentada nesta quarta-feira (07/06), no Iº Fórum Municipal de Planejamento para Políticas Publicas, o chamado Banco Unificado de Coletas de Dados. O evento foi realizado na 1ª Igreja Batista, no Centro, e teve como objetivo consolidar as diversas ações propostas durante os encontros do “Tecendo a Rede”. A partir dessa reunião, percebeu-se a necessidade de uma base de dados com ficha cadastral que será distribuída em todos os equipamentos de atendimento ao público.

O projeto prevê um cadastro único, com informações dos usuários em todas as redes. Criou-se então, o Grupo de Trabalho Intersetorial de Banco de Dados, formado por representantes da rede socioassistencial municipal e colaboradores. Com a criação da ficha consolidada de coleta de dados básicos os profissionais terão uma fonte para pesquisar estatísticas ou demandas e buscar soluções efetivas.

“O Tecendo a Rede foi criado em 2013 pela Secretaria de Assistência Social, através da equipe do CRAS São José, para pactuar fluxos entre os diversos equipamentos da Prefeitura e demais entidades”, explicou a coordenadora do CRAS Santa Paula, Dolores Gobbi. “O projeto tomou uma tal proporção que já fomos convidados para apresentar na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) para profissionais e gestores de outros municípios”, acrescentou a coordenadora do Tecendo a Rede, Glaucia Oliveira.

A primeira mesa foi composta pelos secretários municipais Jorge Castor (Assistência Social), Simone Costa (Saúde) e Adriana Costa (Educação). “Já participei de algumas reuniões do Tecendo a Rede e concordo com a necessidade de termos os dados unificados em um só sistema para facilitar o planejamento de políticas públicas”, declarou Adriana. “O Estado está sempre reconhecendo as iniciativas de Maricá. Acredito que nossa gestão é composta por pessoas humildes para aprender com os trabalhadores da ponta, que atuam diretamente com o público, para que juntos encontremos uma solução coerente e que sejam tomadas as devidas providências. O banco de dados será um ótimo instrumento para acessar informações de outros setores”, relatou Simone. Em seguida, foi realizada uma assinatura simbólica dos três secretários, de um ofício com a proposta de formalizar um decreto do prefeito Fabiano Horta, dando sequência à criação do banco de dados intersetorial.

A primeira palestra foi ministrada pela professora Bianca Borges da Silva (integrante do Laboratório de Educação Profissional e Informações de Registros, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio). Bianca falou sobre a importância das informações já existentes no município que podem ser potencializadas no banco de dados e na formulação de ações de políticas públicas. A professora Patrícia Tavares Ribeiro (coordenadora do Centro de Estudos, Pesquisas e Informações sobre Determinantes da Escola Nacional de Saúde Pública) destacou as experiências de sua equipe de pesquisa em observatório. “O acúmulo de experiências coloca em evidências determinantes e comprova a importância da intersetorialidade”, pontuou Patrícia.

A assessora técnica da Assistência Social, Nelma Azeredo, ressaltou a eficiência dos profissionais do município em concretizar um projeto. “É uma luta histórica e que só está sendo materializada aqui em Maricá com um excelente trabalho intersetorial. Esta é uma ação de governança para discutir e planejar projetos e fortalecer o atendimento no município”, afirmou Nelma. “É rara a união destas três forças políticas em outros municípios. Logo se vê o porquê de tantos projetos serem exemplos para o Estado”, disse Túlio Batista, professor de Saúde Coletiva da Universidade Federal Fluminense (UFF). “Espero que na coleta dos dados a intenção seja de informações direcionadas para o cuidado e proteção dos usuários”, acrescentou.

O assessor técnico da Proteção Especial da Assistência Social e coordenador do grupo, Alan Christi, contou que o projeto do cadastro único é uma ideia antiga. “Esse Fórum tem sua importância, pois é uma ação intersetorial que tem as secretarias de Saúde, Assistência Social e Educação trabalhando juntas para a criação de um banco de dados sociais que permita a implantação de políticas públicas mais eficientes e eficazes”, explicou. “Essa junção de forças irá munir o governo e a sociedade civil de informações e dados fundamentais para o atendimento mais assertivo e completo ao cidadão, à população”, completou Alan.

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