Alunos, que se formaram na segunda edição do curso, apresentaram trabalhos - Foto: Araújo José

A entrega de certificados de conclusão da segunda edição do curso de Educação em Direitos Humanos – promovido pela Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher de Maricá – foi marcada pela expressão das sensações de alguns dos 121 formandos através de uma exposição na entrada do Cinema Público Municipal Henfil, onde a solenidade foi realizada na última sexta-feira (12/05). Os alunos das cinco turmas criaram pequenas peças onde os diferentes sentimentos ficaram registrados através de poemas, frases ou uma única palavra que sintetizava o que o curso lhe trazia, tudo mostrado em um varal que ocupava a parte superior do espaço.

Uma dessas palavras era a ‘felicidade’ mostrada pela professora Maria Estela de Barros Machado, de 38 anos. A moradora do Parque Nanci preparou uma dobradura que, ao ser aberta, mostrava seu sentimento. “É preciso ter felicidade em tudo que a gente faz, não é?! Esse curso me deixou feliz porque me trouxe conhecimento em diferentes setores, mas o principal é que a noção de Direitos Humanos tem um conceito muito mais amplo do que as pessoas sabem e que serve para todos nós, indiscriminadamente”, avaliou.

As palavras de Maria Estela foram endossadas pela colega Paola Andrade, de 29 anos. Para ela, que em seu trabalho revelou ser ‘uma mulher completa’ após uma infância onde não tinha direitos, acredita que o que aprendeu pode ser aplicado à educação dos filhos. “É algo que abre a nossa mente e ajuda a abrir a deles também. Sou de uma época em que ainda não se contestava os pais, mas hoje as relações podem ser mais abertas desde que haja conhecimento”, afirmou a funcionária pública, que é mãe de duas meninas de 14 e 9 anos.

Durante a cerimônia no palco do Cinema Henfil, um dos convidados era a deputada estadual Rosângela Zeidan, que assistiu à entrega dos diplomas e exaltou a iniciativa da secretaria. “Tem muita gente que defende a intolerância, mas nós defendemos a liberdade e a solidariedade, algo também contemplado pelos direitos humanos”, disse a ex-primeira dama da cidade. Houve ainda uma homenagem especial à pedagoga Janice Reis, que tem um longo trabalho com crianças autistas e anunciou que negocia com a prefeitura e implantação de uma clínica-escola para elas na cidade. “Temos de ter em mente que direitos humanos é olhar para o outro, é amor. Não só a criança autista precisa, mas todos precisamos”, sentenciou.

Terceira edição tem inscrições abertas

Os interessados em participar da terceira edição do curso de Educação em Direitos Humanos já podem se inscrever pelo site da prefeitura. O curso, que repete o conteúdo da primeira e segunda edições, é uma parceria entre o município, através da Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher, e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. É aberto a conselheiros tutelares, conselheiros de direitos, educadores populares, agentes públicos, profissionais de áreas jurídicas e lideranças atuantes na rede de promoção, defesa e proteção dos direitos humanos.

Nesta edição, alguns locais e horários de aulas foram alterados, como as que ocorriam no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), na Mumbuca, e passam a ser ministradas no galpão do Senai que fica na Avenida Roberto Silveira, no Flamengo. Outra mudança ocorre na C.E.M. Joana Benedicta Rangel, no Centro, cujas aulas passam a ser das 18h30 às 21h30 (em vez das 18h às 21h de antes). Já na Escola Municipal Darcy Ribeiro, em Inoã, as aulas passam a acontecer às segundas e quartas-feiras (antes eram às terças e quintas).

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