Números reais mostram resultados do Festival da Utopia

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Para o órgão responsável, evento foi o maior evento público de Maricá com atividades em diversos núcleos pela cidade

Não resta dúvida: os números comprovam que o Festival Internacional da Utopia, que terminou no último domingo (26/06), foi o maior evento público já realizado em Maricá, com atividades em diversos núcleos pela cidade de acordo com a Secretaria Municipal Adjunta de Políticas Especiais. Cerca de 80 mil pessoas circularam pelos núcleos onde houve atividades ligadas ao festival, na Barra de Maricá e no centro da cidade. Aproximadamente 5 mil pessoas passaram pelos shows e nas tendas onde houve debates e palestras. No que diz respeito às acomodações para os visitantes, os números também são grandes. Além das pousadas com 100% dos 450 leitos ocupados, o espaço reservado na Barra para o acampamento da Utopia recebeu cerca de 800 barracas montadas ao longo do festival. Nos dois locais, foram servidas por volta de 33 mil refeições aos participantes.

De acordo com o secretário Amílcar Carvalho, uma nova edição do festival está prevista para acontecer em 2017. Segundo ele, o prefeito Washington Quaquá lançou o evento como calendário oficial do município durante o encerramento oficial, ocorrido no último sábado (25) na Tenda dos Pensadores – que foi a principal do festival e funcionou até este dia, com um público diário aproximado de 2.500 pessoas para assistir palestras de personalidades mundiais como o ator e ativista Danny Glover, o ex-senador Eduardo Suplicy, o líder do MST João Pedro Stédile, o pensador paquistanês Tariq Ali, a médica Aleida Guevara (filha do revolucionário Ernesto Che Guevara), o cantor e ativista Tico Santa Cruz e o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, entre muitos outros.

Ao lado desta tenda foram montadas a Tenda da Diversidade (com 17 debates sobre temas ligados aos direitos humanos, especialmente de minorias como comunidades negras e LGBTs) e o palco principal para as apresentações de artistas consagrados como Detonautas, Beth Carvalho, Chico César, Emicida e Racionais MCs. O público estimado nesses shows foi de 3 mil espectadores. Havia também a Tenda dos Trabalhadores, que recebeu o nome de Carlos Manoel em homenagem ao ex-chefe de Gabinete da Prefeitura de Maricá, falecido em fevereiro. Em todo o festival, 15 mesas de debates foram montadas nos diferentes espaços.

No Centro, quem visitou a Feira da Reforma Agrária teve a chance de conhecer e comprar produtos de origem orgânica e livres de agrotóxicos, parte deles vindos de agricultura familiar como arroz integral, açúcar mascavo, sucos integrais, mel e cachaça, além de doces, frutas e também souvenires como camisetas e bandeiras. Participaram da feira o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, grupos camponeses da Via Campesina e povos indígenas. 

Ao lado dele, foi realizada uma edição especial da Feira Literária de Maricá (FLIM). A organização da tenda Cristina Dorigo, montada pela Secretaria Municipal Adjunta de Administração, disponibilizou 4 mil títulos para os públicos adulto e infanto-juvenil. No lado oposto, a banca da Fundação Perseu Abramo oferecia 5 mil exemplares de 35 títulos diferentes. Antes de sua inauguração oficial, o Teatro Público Henfil recebeu o Encontro Nacional de Teatro Augusto Boal, onde foram apresentados oito espetáculos ao longo do festival.

Para Amilcar, o festival provou que a ideia de utopia é algo viável. “Nossa cidade se tornou a capital mundial desse pensamento e nos fez acreditar que é possível sonhar e realizar um objetivo aliando verdade e utopia. A presença de tanta gente do mundo todo aqui é uma prova de que não estamos sós nessa ideia”, avaliou o secretário.