Fórum de Prevenção à Dependência Química realiza sua 30ª edição

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A Subsecretaria de Prevenção e Enfrentamento à Dependência Química de Maricá, órgão da secretaria municipal de Assistência Social, realizou hoje(19/09), na Casa Digital, a 30ª edição de seu Fórum Permanente.

Cerca de 40 pessoas participaram do encontro, que contou com as presenças do subsecretário, Alan Christi; o organizador do evento, Clauder Peres; o psicólogo do CAPS, Antônio Cesar; o subsecretário de Direitos Humanos, Luiz Paiva, além de técnicos de várias secretarias envolvidas em ações de parceria.

Na pauta, a criação do Conselho Municipal Anti-Drogas de Maricá (COMAD), cujo projeto já foi encaminhado ao Executivo municipal; inclusão dos núcleos de A.As (Alcoólicos Anônimos) e N.As (Narcóticos Anônimos) nas atividades da rede (palestras em escolas, oficinas, divulgação dos serviços); e a criação de uma Petição Pública para implementação de leitos em enfermaria específica de Saúde Mental no Hospital Conde Modesto Leal. O texto da petição, aliás, foi discutido e aprovado no Fórum e agora segue para a secretária municipal de Saúde, Janete Valadão, para sanção do prefeito Washington Quaquá.

“O projeto prevê a instalação inicial de quatro leitos em enfermaria específica e equipe multidisciplinar (médico, enfermeiro, psicólogo e assistente social). As estatísticas do próprio Ministério prevêem que 12% da população do país está envolvida de alguma forma com álcool e drogas, o que significa um público de 18.000 pessoas, no mínimo, só em Maricá”, comenta Alan. “Muitos chegam em estado agudo de embriaguez ou drogas. Com os leitos, haverá atendimento apropriado pré e pós-emergência, e, de lá, acompanhamento clínico até uma etapa posterior de recuperação e readaptação”, explica.

A.,57 anos, não usa drogas há um ano e oito meses, e hoje é monitor de uma Casa de Recuperação em Itaboraí. “O trabalho realizado aqui é sério e funciona, mesmo. Estou recuperando minha autoestima e quero voltar a trabalhar, produzindo e gerando renda para minha família”, declarou.

Ainda segundo Alan, há hoje na cidade 800 usuários cadastrados, sendo 500 do Programa de Saúde Mental e 300 da subsecretaria de Prevenção à Dependência Química. Destes, 153 são usuários ativos e passam por atividades de integração social (aulas de artesanato para geração de renda, jardinagem e horticultura, capoeira etc) e dos Grupos de Convivência. “Alguns deles já estão trabalhando, encaminhados por nós à Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego, e acompanhados até sua contratação definitiva”, declara o subsecretário. “Este é o ápice do processo de reintegração social e cidadania”, enfatiza. Quatro jovens da Casa de Recuperação da Graça de Deus, em Inoã, por exemplo, conseguiram emprego depois de um programa de tratamento realizado com psicólogos e assistentes sociais da subsecretaria.