Alceu Valença em Maricá: celebração da cultura nordestina num show emocionante

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Nem a chuva nem o frio impediram o cantor e compositor Alceu Valença de reunir cerca de cinco mil pessoas no sábado (17/08) na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro de Maricá, para um show memorável. A apresentação, realizada pela Prefeitura por meio da secretaria municipal de Turismo, fez parte das comemorações da Festa da Padroeira de Maricá, Nossa Senhora do Amparo.

Acompanhado por sua banda – Paulo Rafael (guitarra), André Julião (sanfona), Tovinho (teclados) e Dacio Cunha (bateria), o músico pernambucano abriu o show às 22h, com “Mandacaru”, de Luiz Gonzaga. Em seguida, vieram “Sabiá”, “Pisa na Fulô” e outras canções em homenagem ao Rei do Baião. Alceu também brindou o público com suas canções mais conhecidas, como “Coração bobo”, “Anunciação”, e “Belle de Jour”.

O artista convidou o público para uma viagem no tempo e relembrou sucessos de sua prestigiada carreira, marcada pelo xote, o xaxado e o baião. “Morena Tropicana”, “Como dois animais”, “Solidão”, “Um beija-flor nos teus cabelos” e “Táxi Lunar” foram as canções mais aplaudidas. Em meio às milhares de pessoas, o empresário Luiz Cláudio e sua esposa, Sônia, curtiam o espetáculo. “Viemos do Rio especialmente para esse show. Acompanho a carreira dele e achei incrível a Prefeitura tê-lo incluído na programação da festa”, declarou.

No fim da noite, o artista simulou o término do show duas vezes, arrancando pedidos de bis da plateia, atendida com alegria pelo cantor.

Show mantido mesmo após incidente no Rio

Em entrevista antes de subir ao palco, Alceu declarou que as raízes de sua obra são e sempre serão as tradições nordestinas. “Sou do interior e moro na capital. A tecnologia eu uso como ferramenta de pesquisas e para me comunicar com as novas gerações, mas a minha música está lá na terra”, ponderou. Alceu também falou de suas turnês internacionais. “Tenho feito shows no exterior e nossa última turnê passou por França e Portugal. Mas chegamos hoje de Pesqueira, no agreste pernambucano. São seis tipos de show e de formações musicais para atender a públicos diversos”, explicou.

Sobre o acidente que sofreu na última semana (Alceu foi atropelado por um ciclista e machucou a mão esquerda), o cantor declarou que não suspendeu nenhum show com banda. “A mão machucada me impede provisoriamente de tocar, mas não de cantar”, frisou. “Não guardei ressentimentos do rapaz que me atropelou. Também ando de bicicleta e defendo o uso de um meio de transporte limpo nas cidades”, completou.

Público contagiado

O comerciante Antonio Nery, 58 anos, dançou o tempo todo e elogiou os ritmos das músicas de Alceu. “Isso aqui está muito bom”, disse. A estudante de Ciências Sociais Rayane Medeiros, 21 anos, declarou que é fã do músico pernambucano. “A música de Alceu une a pesquisa de nossas raízes com a modernidade, com uma qualidade incrível”.