Casa da 1ª à 3ª Idade de Maricá extrapola fronteiras e surpreende norte-americanos

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Norte-americanos do estado de Iowa sensibilizaram a plateia com suas músicas.

Na tarde desta sexta-feira, dia 20.07, um grupo de 12 norte-americanos do estado de Iowa (EUA) desembarcou pela primeira vez em Maricá com um propósito muito bem definido: conhecer as atividades realizadas gratuitamente pela Casa da 1ª à 3ª Idade, projeto social mantido pela prefeitura, que se consolida como referência dentro e fora do país.

Os americanos integram o grupo da Baptist First Church, mais precisamente da West Avenue Church, da cidade de Burlington, e como missionários estão no Brasil do dia 13 até o dia 23 desse mês para conhecer diversos outros projetos sociais desenvolvidos no país.

Um dos responsáveis por essa visita foi o aluno das atividades de Tai Chi Chuan e Hidroginástica, o morador de Inoã, Rubem Ferreira, que é frequentador da 1ª Igreja Batista de Niterói. Como membro dessa igreja, Rubem conheceu Walter Clingman Aiken, norte-americano que há 20 anos mora no Brasil e realiza o intercâmbio entre o país e grupos dos EUA, com o objetivo de permitir a integração cultural.

“Quando soube do trabalho aqui desenvolvido tive o interesse de conhecer e permitir o intercâmbio entre Maricá e esses missionários que se sensibilizam com atividades voltadas para a comunidade”, salientou o norte-americano.

Durante a visita, os norte-americanos conheceram as oficinas de Papietagem, “Costurando com Generosidade” e “Caminhos da Sustentabilidade” e participaram da apresentação do Coral Alegria de Viver, regido pela professora de Canto Simone Figalo, e das danças do ventre, de salão e cigana. Os visitantes também fizeram apresentações musicais.

Outro momento especial foi o relato voluntário de alguns usuários da casa. Antônio Salgado, Elizabeth, Adelízia Rodrigues e Nilcenir Pereira de Souza falaram sobre a participação deles nas atividades oferecidas no projeto. “Estava sofrendo com depressão e sem ânimo para nada. Uma amiga falou sobre as atividades gratuitas. Comecei a fazer dança de salão, depois fui participar do grupo musical e também da dança cigana. Hoje, sou outra pessoa graças a esse espaço. Estou livre, contente e sorridente”, explicou a aluna.

Para um dos missionários, Matthew Johnson, o diferencial do projeto é a integração entre as idades. “O que é mais interessante é ver os jovens interagindo nas atividades com os idosos. Cada idade tem muito a aprender e a ensinar para a outra”, destacou o jovem de 24 anos, que visita o Brasil pela segunda vez. Matthew disse que em sua cidade existem atividades similares desenvolvidas em igrejas, escolas e clubes. “Mas, lá não possui essa integração entre crianças e idosos como estou vendo aqui. É muito bom podermos ver esses dois extremos unidos”.

Outra missionária, Linda May, de 49 anos, declarou que gostaria muito que na cidade dela tivesse um local como a Casa da 1ª à 3ª Idade e até arriscou alguns passos de dança com as alunas do projeto. "Senti muito amor entre as pessoas aqui", ressaltou.

A subsecretária de Políticas para o Idoso e diretora da casa, Denize Fortes, destacou a importância desse intercâmbio. "Essa visita permite a troca de experiência entre pessoas, vivências e culturas distintas. Essa integração é muito estimulante para cada aluno que frequenta esse espaço. Eles se sentem renovados”.