Apresentar o Projeto Fazenda São Bento da Lagoa para a população e responder às dúvidas sobre o empreendimento. Este foi o objetivo da consulta pública organizada ontem à noite (12.7) pelas secretarias de Turismo e Lazer e de Ambiente e Urbanismo na casa de shows Via 1, em Itaipuaçu.
As informações sobre o complexo turístico, previsto para ser erguido em Barra de Maricá e que está em fase de licenciamento, foram detalhadas por David Galipienzo, diretor-executivo da IDB, empresa responsável pela iniciativa. Durante a apresentação, ele falou sobre os aspectos ambientais, sociais e econômicos do projeto e, depois, os participantes puderam fazer perguntas.
– É muito importante frisar que temos agora uma proposta totalmente diferente da primeira, apresentada em 2007. Para se ter uma ideia, 84% da área total será preservada com vegetação nativa e teremos apenas 6,3% de ocupação predial no terreno, menos do que permite a legislação. O projeto está totalmente de acordo com o Plano de Manejo para a APA de Maricá, com o Plano Diretor da Área da Restinga e com as legislações ambientais do país – explicou.
Um das maiores preocupações dos presentes foi a questão dos pescadores de Zacarias, que vivem na área onde será erguido o complexo, e a questão do uso da praia pela população. Galipienzo afirmou que a colônia de pescadores estará integrada ao complexo e que a praia não será fechada.
– Sabemos da importância histórica e econômica dessas pessoas e, inclusive, será feita a regularização fundiária da comunidade. Quanto ao uso da praia, lembramos que não seremos um resort, não teremos praia privativa. Todos poderão usar o espaço livremente – garantiu o executivo.
A próxima consulta pública está marcada para o dia 19, às 19h, no Colégio Cenecista (Rua Barão de Inoã, 137, Centro).
Sobre o empreendimento
A Fazenda São Bento da Lagoa será um complexo turístico, esportivo, comercial, empresarial e residencial, que prevê quatro hotéis, shopping, campo de golf, escola, hospital, condomínios, um centro hípico e um centro de pesquisas. A previsão é que, durante as obras, sejam gerados 15 mil empregos diretos, número que passará para 18 mil quando o empreendimento estiver em funcionamento.
De acordo com os empreendedores, o projeto prevê a criação da 2ª maior Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do estado e este monitoramento vai impedir queimadas, despejo de lixo, abandono de carros e extração ilegal de plantas e areia, problemas comuns atualmente na restinga.
Outro aspecto importante da Fazenda São Bento da Lagoa, segundo os responsáveis pela proposta, é o tratamento de 100% do esgoto gerado, já que serão construídas estações para destinação adequada dos efluentes.
