Peixe pela metade do preço em Maricá

0
1529
Peixe é vendido no caminhão por um preço menor que o do mercado

O caminhão frigorífico-feira destinado à Prefeitura de Maricá, através do Ministério da Pesca e Aquicultura, está colhendo excelentes resultados. Desde a implantação do serviço, na terça-feira da Semana Santa, o caminhão já vendeu mais de duas toneladas de pescado proveniente de Maricá.

Nesta quinta-feira (28/4), foi a vez do Centro da cidade. Desde as 8 horas, o caminhão começou atender pessoas na Praça Orlando de Barros Pimentel (ao lado do Anfiteatro), e, às 10 horas, já havia vendido 100 quilos de pescado – tainhota e corvinota, a R$ 4,00, o quilo -, enquanto nas peixarias o preço varia de R$ 5,50 (tainhota) a R$ 6,90 (corvinota). O veículo, que comporta 4,5 toneladas de carga, tem dois frigoríficos, balcão de atendimento e pesagem, com balança eletrônica.

Boa idéia – Márcio Dias, autônomo, 47 anos, morador do Flamengo, comprou quatro quilos de pescado e achou excelente a iniciativa. “Quem sai lucrando é a comunidade. Vim de bicicleta e estou levando peixe fresco e mais barato para a família. Vou passar a comprar toda semana”, declarou.

Raulino Cardoso, 49 anos, comerciário, morador no Centro, casado e com um filho, diz que a idéia é boa, “só precisa ter continuidade”. Lili Monteiro Marmo, 74 anos, avó de três netos, moradora do Centro, afirmou que “enquanto o projeto durar, vou comprar no caminhão da Prefeitura. O peixe é uma alimentação sadia”.

Robson Cabral, 54 anos, zelador, morador no Flamengo, diz que compra peixe toda semana. “Lá em casa, trocamos carne por peixe. Tenho um filho que é da Guarda Municipal e ele me avisou deste novo serviço. Como trabalho perto, foi só vir comprar”.

O pescador Luiz Cláudio, 34 anos, morador de Ponta Negra, informou que está convencendo os colegas a formarem uma frente de trabalho para fornecer peixe para o caminhão frigorífico, porque acha um bom negócio.

“Por enquanto, o peixe está vindo mais da Barra e da lagoa, mas estamos nos organizando para sermos mais uma turma no fornecimento do pescado”, adiantou.

De acordo com a nutricionista Elisa Simas Moraes, do programa Bolsa-Família, “o peixe é uma excelente fonte de proteínas, sendo uma carne leve e saudável. A melhor forma de consumi-lo é cozido, ensopado ou grelhado, sem a pele, que contém um nível elevado de colesterol. Além disso, o peixe oferece cálcio, fósforo e potássio, além de  ômega 3, 6 e 9, que combatem os radicais livres”.   

Roteiro

O caminhão do peixe, como é chamado, está circulando nos seguintes dias e bairros: segunda-feira em São José de Imbassaí (ao lado do Posto de Saúde), terça-feira em Itaipuaçu (DPO do Barroco), quarta-feira no Bairro da Amizade (em frente à Igreja Assembléia de Deus), quinta-feira no Centro (Praça Orlando de Barros Pimentel), sexta-feira em Inoã (Quadra de Inoã) e sábado em Santa Paula (Portão Setor B do condomínio).

Só no bairro de Santa Paula, o serviço atendeu aos condomínios Santa Paula I e II, onde residem mais de cinco mil pessoas. Em Inoã, sede do distrito, o caminhão atendeu a moradores de Inoã, Chácaras de Inoã, Fernando Mendes e Beira-Rio. No Bairro da Amizade, os habitantes do Saco das Flores, Cocadinha e outros. Itaipuaçu também foi contemplado, assim como São José de Imbassaí.

Segundo o secretário municipal de Pesca, Aquicultura, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Claúdio Jorge Soares, o setor vem trabalhando para que o pescado seja vendido sem ágio, comprando do pescador para venda direta ao consumidor. O peixe é vendido pela metade do preço praticado pelo mercado, o que agrada os consumidores.

“O projeto é uma iniciativa do município em conjunto com o Governo Federal e tem tudo para dar certo. Temos mais de 40 quilômetros de costa e a segunda maior lagoa do Estado do Rio. O prefeito Washington Quaquá aposta no maior fornecimento e consumo de peixe, como forma de suplemento alimentar da população”, concluiu.