Dia “D” da Dengue faz campanha em Inoã

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Cerca de 40 agentes comunitários divulgaram a campanha...

A Prefeitura de Maricá, através da secretaria municipal de Saúde, e secretaria municipal de Assistência Social e Participação Popular, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, promoveu em Inoã (3º Distrito), o Dia “D” da dengue no município.

 A campanha, que acontece todo ano em âmbito nacional, tem por objetivo a orientação e divulgação das medidas preventivas e de combate à dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, seus sintomas e tratamento. Cerca de 70 agentes de endemias do município atuaram no trabalho “de campo”, visitando domicílios, enquanto 40 agentes comunitários, distribuíam folhetos informativos sobre a campanha, nos pontos de ônibus, vans, táxis, passeio público e comércio local.

Uma equipe da Secretaria estadual de Saúde entregou prospectos da campanha (Rio Contra a Dengue) e toucas para caixa d´água, um dos principais focos do mosquito. Recentemente, o Governo do Estado doou para Maricá, três cadeiras de hidratação com os respectivos insumos (soros, agulhas,  escalpos, entre outros), para tratamento de pacientes com a doença. O coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue (PMCD), Lucier Coelho Gonçalves, declarou que este ano houve apenas um óbito em Maricá, decorrente da doença. “”as pessoas estão mais conscientes quanto ao risco de contrair dengue e participam com denúncias anônimas de possíveis focos. O verão este ano foi muito quente, e o outono entrou com chuva, o que aumentou o número de focos do mosquito. Por conta disso, reforçamos as frentes de trabalho com uma logística de combate total (focal, perifocal e UBV/Fumacê), operando principalmente a partir das notificações. A região de São José de Imbassaí até a Mumbuca, que registrou o maior número de casos, foi vasculhada e “bloqueios” foram formados num raio de 300 metros da residência ou comércio afetado, o que reduziu muito o índice de infestação do mosquito”, afirmou.

De acordo com o subsecretário de Participação Popular, Anderson “Pipico” Rodrigues, a prevenção é o principal. “Para prevenir, a população tem de ser informada e orientada. Nosso trabalho é divulgar, com regularidade, os serviços prestados pelo município. O combate à dengue e o tratamento da doença, estão entre alguns deles”, disse.

Dados e cuidados

A coordenadora de Epidemiologia do PMCD, Fernanda Spitz, disse que Maricá registrou até agora 721 casos confirmados de dengue, contra 872 notificações (Dados Sistema Nacional de Monitoramento – SINAM). Segundo ele, todos os pacientes foram tratados nas unidades de saúde do município, que estão equipadas para atender emergências e internações da dengue. O mais importante, porém, é a prevenção: evitar jogar lixo nas ruas e nos rios, manter reservatórios de água com tela, pneus secos e em locais cobertos, latas, garrafas e frascos, tampados ou com a boca para baixo, quintal limpo e seco.

Os sintomas da dengue, também chamada de febre quebra-ossos, são reconhecidos, principalmente por: febre alta (38º a 40º C, em média), dores de cabeça, nos olhos, em todo o corpo, náuseas e vômitos. A primeira providência é beber muita água e procurar uma unidade de saúde, que irá fazer uma avaliação do quadro, hidratar o doente com soro, repouso, colher sangue para exame de plaquetas, e, conforme o caso, internar. Em Maricá, foram registrados os tipos 1 e 2 do vírus, embora em Niterói já existam os tipos 3 e 4. Qualquer um deles, se cruzado com um dos  outros, pode provocar dengue hemorrágica, a partir da segunda ocorrência da doença.  

Rosemeri Aquino de Souza, 31 anos, manicure, moradora de Inoã e mãe de quatro filhos, disse que já contraiu dengue, assim como outras pessoas de sua casa. “Felizmente as crianças não pegaram. É muito ruim, a gente fica quebrada e sem condições de trabalhar”, disse.

A dona de casa Ivone Ribeiro, 63 anos, recebeu a visita do agente de endemias do PMCD em casa, que não constatou nenhum foco do mosquito em seu quintal. “Procuro trazer o quintal limpo e varrido, sem vasilhas com água. Minha caixa e meu poço são tampados. O que está aberto, encho de terra. Tenho quatro netos pequenos que moram comigo e não posso correr esse risco”, declara.