Conselho da Pessoa com Deficiência comemora Dia Nacional de Luta

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Durante o evento, foi feita uma demonstração de equoterapia - Fotos: Marcos Perrier

Conscientização. Essa é a palavra-chave para definir a principal meta do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Maricá, que comemorou o Dia Nacional de Luta (21/09) , com um evento no Esporte Clube Maricá, onde foram realizadas diversas atividades.

Participaram diversas instituições como Alerj (ônibus com equipe para orientação jurídica), Andef (atletas paraolímpicos e Balé Corpo em Movimento), Pestalozzi Maricá, Sarem, Escola de Educação Especial Rinalda Gonzaga da Silva, Ampare, Nair, e o Instituto Ispo Brasil (Sociedade Internacional para Capacitação e Reabilitação), entre outros.

O evento iniciou às 10 horas com a apresentação e agradecimento aos participantes, pela presidente do Conselho, Nívea Mendonça. A seguir, foi ouvido o Hino Nacional Brasileiro, com participação dos alunos das escolas e entidades presentes. Atividades como Equoterapia (Espaço Equilíbrio), Coral Alegria de Viver (Secretaria de Cultura de Maricá), artesanato do Movimento da Pessoa com Deficiência (MPCD), em Inoã, dança caipira e artesanato, pelo Sarem e E. M. Especializada Rinalda Gonzaga, futebol, rugby em cadeira de rodas, e Balé Corpo em Movimento, pela Andef, aferição de pressão, teste de glicemia, distribuição de preservativos, e informes sobre Dengue e Hanseníase, pela Secretaria Municipal de Saúde, orientação jurídica pela equipe do ônibus da Alerj, e work-shop pela Sociedade Internacional para Capacitação no Desenvolvimento e Reabilitação – Islo Brasil -, entre outros.

Conscientização e mudança – Segundo a presidente do Conselho, Nívea Mendonça, a conscientização traz a mudança de mentalidade. “A percepção de que a pessoa com deficiência é um diferencial positivo e que tem os seus direitos como participante do processo sócio-econômico, leva a entender a inclusão como uma necessidade da própria sociedade. Temos de ser reconhecidos como cidadãos produtivos na prática, e não somente pelo texto da lei. Essa é uma das metas do Conselho, que tem formação paritária município/sociedade civil, e como atribuição o controle das políticas públicas da pessoa com deficiência, no município. O prefeito Washington Quaquá apóia nossa luta”, declarou.

Presentes o secretário municipal de Direitos Humanos, Marcos de Dios, representando o prefeito Washington Quaquá; o subsecretário de Políticas para a Pessoa com Deficiência, Luiz Cláudio Pontes; secretário municipal de Segurança Pública, coronel Jorge Braga; o secretário municipal de Transportes, Rony Peterson; a secretária municipal de Comunicação, Alba Valéria Teixeira; demais técnicos e funcionários do município.

O subsecretário Luiz Cláudio informou que a pessoa com deficiência, durante muitos anos foi excluída do processo social. Somente a partir da II Guerra, passou a ter alguma visibilidade, quando o esporte foi anexado pelo neurocirurgião alemão, Sir Ludwig Guttman, ao processo de fisioterapia na recuperação dos mutilados.

“Hoje, o Brasil está entre os dez melhores do mundo nas Paraolimpíadas. Mesmo assim, a luta contra a falta de acessibilidade, é muito grande. Um exemplo é a oferta reduzida de postos de trabalho, embora exista cota legal. A acessibilidade, que inclui a visibilidade, não é somente física e arquitetônica, mas principalmente social”, concluiu.

Texto: Fernando Uchôa