As comunidades do Beco do Relógio e do Bananal, ambas em Inoã, receberam neste sábado (15/5) uma oficina urbanística para regularização fundiária, na qual cerca de 350 famílias foram cadastradas para receber o título de posse definitiva de seus imóveis. A ação, uma parceria entre a Secretaria de Habitação e Assentamentos Humanos de Maricá e a Universidade Federal Fluminense (UFF), teve como base a Casa da Criança de Itaipuaçu (ao lado do Colégio Estadual Caio Figueiredo), de onde uma equipe também visitou algumas residências nas duas áreas. O evento foi realizado observando todas as formas de prevenção contra a Covid-19.

A oficina ouviu os moradores sobre suas necessidades para a elaboração de um projeto urbanístico que, segundo a subsecretária Fernanda Spitz, terá a participação de outros órgãos da Prefeitura de Maricá.

“Viemos ouvir a população para preparar uma ação conjunta do governo, visando melhorar o desenvolvimento urbano do bairro. No que diz respeito à regularização, estamos garantindo que todos os moradores serão cadastrados para receber seus títulos definitivos. Nos outros bairros, já contratamos uma empresa que fará um levantamento com a mesma finalidade”, adiantou ela.

Entre os moradores que foram à unidade escolar para realizar seu cadastro e obter mais informações, a obtenção do documento de propriedade era mesmo a maior preocupação.

“Precisamos de melhorias, mas é preciso regularizar a situação de todos para dar a segurança da propriedade”, afirmou o motorista Denilson Alves, de 43 anos, que mora no Beco do Relógio. Já a aposentada Sônia de Mendonça Gonçalves disse que o trabalho da prefeitura é fundamental. “Lá temos muita gente de idade que está apreensiva com o que vai acontecer com suas casas. Querem estar seguros com relação aos filhos e netos”, ressaltou a moradora do Bananal, de 71 anos.

O arquiteto Cláudio Crispim, que coordena as equipes de campo e de Projeto Urbanístico da universidade, revelou que a previsão é de cadastrar cerca de 2 mil famílias em toda aquela região de Inoã. “Além das duas comunidades de hoje, já passamos pela Travessa Flamengo, Beira-Rio, Sem Terra e vamos chegar também ao chamado Risca Faca. É um trabalho longo mas que vai ser compensador”, avalia.

Para o professor da Escola de Arquitetura e vice-coordenador de Pós-Graduação, Pedro da Luz, ser dono do imóvel gera tranquilidade a essa população e oferece acesso a diversos serviços. “Ter a propriedade pode facilitar a obtenção de linhas de crédito e até pode gerar renda para os donos, dependendo do tipo de imóvel. Do engajamento dos moradores dependem também as melhorias que vamos elaborar”, acrescentou.

 

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