Escritora Luiza Trigo na FLIM - Foto: Elsson Campos

A Festa Literária de Maricá está chegando ao fim. Na tarde desta sexta-feira, 01/11, a autora Luiza Trigo (31 anos) comandou um bate papo informal com alguns convidados e cerca de 20 alunos da turma do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Domício da Gama, que fica no Flamengo, na Tenda do Saber.

Autora de seis livros, entre eles, “Carnaval”, “Meus 15 anos” e “Uma canção para você”, Luiza também participou da 3ª edição da FLIM, em 2017.

“Quando a gente é convidada pela primeira vez, é uma surpresa. Mas quando é convidada pela segunda é porque gostaram. Então, eu venho com muito carinho, com saudade até e esperando vir a terceira vez”, disse a escritora de apenas 31 anos, fã da saga de Harry Potter.

“Gosto de videogame, de jogos de tabuleiro, de ler livros, mas também fico de preguiça. Meu maior obstáculo para escrever é minha preguiça, sair da cama”, admitiu, antes de frisar que leitura não tem idade.

“Comecei a escrever porque achava que tinha poucos livros na temática que eu queria ler. Depois, eu passei a escrever como uma forma de descarrego, porque não tive uma adolescência incrível. Tive pais separados, então, escrever era uma forma de voltar no tempo e reviver o que eu não tinha vivido, como uma segunda chance”, esclareceu.

Após um breve resumo sobre suas obras e vida pessoal, Luiza respondeu a perguntas. Professora de literatura, Ana Glauce Mattos, 38 anos, pediu a ela uma dica para os adolescentes que sonham em ser escritores.

O caminho mais fácil hoje é a internet. O podcast é o que gera mais autores, até porque você não tem que liberar o livro todo de uma vez. Pode liberar um capítulo por semana, gerando bastante visualização”, explicou.

Aos 15 anos, Yan Mello do Parque Nanci foi um dos alunos mais curiosos. “Viemos ver essa palestra interessante porque foi convocado pela professora e eu não procurei saber nada sobre a autora, porque gosto dessa surpresa. Me impressiona mais, sem criar expectativas. Ter uma feira como essa em Maricá, mostra que a nossa cidade está crescendo de verdade. Muita gente do nosso povo está tendo acesso aos livros, sem ter que ir na Bienal, lá no Rio. Eu acho isso muito bacana”, declarou.

“É importante para os alunos esse contato com um mundo que é desconhecido deles, porque quando a gente os estimula a ler na escola, a gente fala justamente sobre a questão do mundo da fantasia, da imaginação. Leitura é isso, é criar uma imagem na cabeça que não está pronta, estimular a criatividade. Então, o contato com o livro, com pessoas que estão ali direto e falam sobre sua inspiração vai estimulá-los também a criar suas próprias historias”, ponderou a professora.

“Às vezes, as pessoas acham que inspiração é algo muito local, mas ela vem das pequenas coisas, conversas com as amigas, coisas que a gente escuta outras pessoas falarem, outros livros que a gente lê”, frisou Luiza Trigo, que escreveu o livro “Meus quinze anos” em 2014.

“Em menos de um mês, já tinha esgotado duas tiragens. Isso foi ótimo, mas a partir daí comecei a ter que escrever um livro por ano”, revelou, antes de dizer que gostaria de transformar alguma de suas obras em série.

“Eu tenho dois livros favoritos, mas o último, que foi “O reino de Zália” é o meu xodó. Um livro de fantasia, um reino criado com princesa, e eu adoro princesas. E este é o único que tem fantasia,  todos os outros são contemporâneos”, concluiu.

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