Fórum Educacional sobre Diabetes - Foto: Elsson Campos

Em homenagem ao Dia do Diabetes (14/11), a Secretaria de Saúde realizou na manhã desta sexta-feira (1/11) o 2º Fórum Educacional sobre Diabetes Mellitus. O evento aconteceu no auditório do Colégio Cenecista de Maricá (CNC).

Para a enfermeira, estomaterapeuta, educadora em diabetes e coordenadora do programa Hiperdia, Elaine de Souza, é fundamental reforçar ações de prevenção.

“Eventos desse tipo são essenciais para auxiliar os profissionais, pacientes e cuidadores no trato da diabete. Informação é fundamental para prevenir, buscar um diagnóstico precoce e uma vida mais saudável”, destacou.

Em sua apresentação, a coordenadora abordou o tema “Diabetes e suas complicações” e salientou que o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos.

“A má circulação na pele pode provocar úlceras, infecções e fazer com que a cicatrização das feridas seja mais lenta. Os diabéticos têm tendência a apresentar úlceras e infecções nos pés e nas pernas. A arteriosclerose leva a ataques cardíacos e a acidentes vasculares cerebrais e é duas a quatro vezes mais comum nos diabéticos”, enfatizou.

O nutricionista Fernando Arêas abordou o tema “Alimentação e sua importância no controle da diabetes” e falou sobre os benefícios do consumo de fibras. “Elas não fornecem calorias, diminuem a absorção do colesterol, gorduras e açúcares e dão uma sensação de saciedade mais prolongada”, explicou.

O profissional aproveitou para esclarecer sobre o consumo de frutas. “Desde que esteja na cota calórica de carboidrato a ser ingerido, pode ser consumido, mas devemos lembrar que a fruta tem frutose que é um carboidrato que dá picos glicêmicos. Melão, melancia, manga, mamão e uva são frutas de alto índice glicêmico”, enfatizou. Como dica, o nutricionista orienta misturar a esses alimentos semente de linhaça, semente de chia ou farelo de aveia, visto que tornam a liberação do carboidrato mais lenta no organismo.

A presidente da Associação de Diabéticos de Tanguá, assistente social e educadora em diabetes, Ana Maria Batista de Souza, discorreu sobre o tema “Os Direitos dos Diabéticos”. “Os diabéticos têm direito a medicamentos gratuitos fornecidos pelo SUS, de acordo com a lei federal 11.347/16, além de transporte gratuito para tratamento fora do domicílio”, ponderou.

Uma das palestrantes, Clícia Moraes, moradora de São José do Imbassaí, ressaltou que criou, em janeiro desse ano, o Projeto Doce Infância tipo 1 para ajudar outros pais e educadores a lidarem com as crianças diabéticas.

“Minha filha, Ana Luísa Moraes, hoje com dez anos, foi diagnosticada com a doença quando tinha quatro e foi um choque. Nem sabia que criança poderia ter diabete e tive que aprender na marra. Com essa iniciativa, busco ir às escolas conversar com as equipes para lidar com os alunos diabéticos”, frisou.

O eletricista Marcelo Dias da Cunha, de 47 anos, fez questão de participar do fórum para buscar mais informações sobre a doença que levou sua filha Manuela Anchieta da Cunha, na época com um ano, parar de se alimentar, ficar triste e mudar seu comportamento.

“Hoje, ela tem sete anos, e podemos dizer que ela tem uma vida normal, mas controlada. É muito importante participar dessas discussões que ampliam nossos conhecimentos e chama a atenção para a doença e para a necessidade de controle e prevenção”, ressaltou.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),16 milhões de brasileiros sofrem de diabetes, tendo crescido, nos últimos dez anos, 61,8% o número de casos, sendo o Rio de Janeiro a capital brasileira com maior prevalência de diagnóstico médico da doença, com 10,4 casos a cada 100 mil habitantes.

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