Sul Americano de Tiro com Arco - Foto: Elsson Campos

Setenta atletas de 11 países entre eles Bolívia, Equador, Paraguai, Peru, Argentina e Colômbia participaram nesta quarta-feira (02/10) de mais uma etapa do campeonato Sul Americano de Tiro com Arco, realizado com apoio da prefeitura, através da Secretaria de Esporte e Lazer.

A competição vale ranking para o mundial e aconteceu na sede da Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco), em Itapeba. A final será no domingo (06/10), na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro.

Nesta quarta-feira, o Sul Americano entrou no seu 3º dia de competição, após passar pela fase do duplo 70 em que todos os competidores atiram simultaneamente 72 flechas divididas em duas etapas.

Na fase de chaves, os competidores têm dois minutos para lançar três flechas. Já na fase de classificação, os atletas devem atirar seis flechas no dobro do tempo.

“Eu posso dizer que é maravilhoso sediarmos um campeonato dessa envergadura com o nível bem alto com a participação do Chile, que é uma seleção poderosa e está despontando no cenário mundial. A nossa equipe perdeu o bronze para eles no Pan Americano e pretendemos fazer a revanche”, disse João Cruz, presidente da Federação de Tiro com Arco no Rio de Janeiro. “Hoje Maricá já é considerada a cidade do Tiro com Arco no país”, completou.

Iniciada na última segunda-feira (30/09), a competição conta com duas modalidades de arco: o recurvo e o composto. Na primeira, os atletas precisam acertar o alvo que fica a uma distância de 70 metros do ponto demarcado para lançar a flecha. Já no módulo composto, os arqueiros ficam a uma distância de 50 metros.

Outra diferença entre elas é com relação à velocidade. Os arcos compostos têm uma potência maior que os outros e sua vantagem é que no momento da puxada, eles liberam uma força de 60 libras, o que permite o arqueiro mirar o alvo com mais facilidade. Assim, a velocidade da flecha após ser lançada passa dos 300 km/h.

Representante brasileira, Anne Marcelle Gomes dos Santos, de 25 anos, mantém uma rotina pesada de treinos para fazer bonito e chegar à final que será realizada na praça.

“Treinamos em um período de seis horas por dia de segunda a sábado e à noite ainda faço academia”, contou ela, que foi uma das atletas reveladas no projeto da Prefeitura que garimpou talentos para o esporte nas escolas da rede pública municipal.

“Estou muito orgulhosa por ter um campeonato internacional aqui em Maricá. Fico feliz que a prefeitura cedeu esse espaço para a CBTArco e espero ter mais competições internacionais aqui”, concluiu referindo-se à área do centro de treinamento, em Itapeba, cedida pelo município para a instalação da estrutura.

Para o presidente da federação paraguaia de Tiro com Arco, César Brittes, que acompanhava o desempenho de oito atletas paraguaios, a participação de seu país na competição representa uma nova fase vivida no esporte.

“Paraguai esteve muito tempo mal na federação e agora estamos nos levantando e abrindo portas. Viemos sem nenhuma expectativa porque estamos recomeçando”, relatou.

Atleta paralímpico desde o fim do ano passado, o também paraguaio José Alfredo veio participar de sua primeira competição internacional.

“Vim para competir e procurar fazer uma pontuação alta como todo atleta, e se possível levar algum troféu”, contou confiante o competidor que tem uma rotina de treino disciplinada. “Treino duas horas durante três dias da semana”, reforçou.

Pela primeira vez em Maricá, a treinadora argentina Fernanda Faisal elogiou a receptividade da população e se admirou com o clima da cidade.

“Os maricaenses são muitos respeitosos e amáveis com os estrangeiros. O campo me pareceu bonito e a cidade tem uma temperatura bem agradável”, pontuou.

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