Segundo dia da Copa Sul-Centro de beach handball - Foto: Marcos Fabricio

A torcida é o grande diferencial desse primeiro campeonato Sul-Centro Beach Handball que, em seu segundo dia de competição (12/07), movimentou a arena montada na Praia da Barra, na altura da Rua João Frejat (antiga Rua 13).

O evento é organizado pela Prefeitura de Maricá, através da Secretaria de Esporte e Lazer, e pelo Novo Beach Handball Brasil (NBHB).

Desconhecido pela maioria do público, o handebol de areia está conquistando muitos apaixonados pelo esporte. Bandeiras, apitos e muitos gritos de incentivo fizeram parte dos apetrechos usados pelos torcedores brasileiros e estrangeiros que lotaram as arquibancadas para prestigiar todas as seleções participantes, mas principalmente, para aplaudir o show dos atletas das seleções brasileiras.

Improvisando uma sombra na arquibancada, o aposentado Marcus Vinícius Gepinto, morador de Araçatiba, de 63 anos, conferiu a vitória da seleção masculina do Brasil sobre a equipe do Chile por dois sets a zero, com placar de 22 a 18, no primeiro tempo, e de 16 a 12, no segundo, destacando que cada set tem dez minutos.

“Pretendo vir todos os dias, independente de quem vai jogar. Sou um apaixonado por minha cidade e acho que eventos assim só contribuem para incentivar o turismo”, destacou. Para o aposentado, que não conhecia o handebol de areia, a modalidade tem tudo para conquistar o coração dos brasileiros “O jogo é ágil, tem emoção e as regras são fáceis de entender. Já virei fã”, acrescentou.

Quem também não conhecia a modalidade e se empolgou com a agilidade do esporte foi a cabelereira Dilma Sá, de 24 anos, moradora de Ponta Negra. “Sinceridade, não sabia que existia handebol, ainda mais de areia. Pra mim, gol de mão era proibido. Que surpresa agradável ver um esporte de tanto movimento que nos prende a cada minuto. A partir de agora, quero estar presente para conferir todos os jogos e quem sabe formar uma equipe local para treinar lá nas areia de Ponta Negra”, salientou.

Prestigiando o evento pela primeira vez, o casal Mariluci Campos, de 58 anos, e Antônio Alves, de 62 anos, moradores do Cordeirinho, ressaltou a oportunidade de divulgar a cidade para o exterior. “Sensacional. Organização, segurança e muita gente bonita. Fora que permite que pessoas de outros países conheçam nossa cidade e isso favorece o comércio, hotéis, e restaurantes. Cada vez mais Maricá está mostrando ao mundo a sua cara”, ressaltou Mariluci.

E isso pode ser comprovado inclusive nas arquibancadas da arena com a presença de torcedores de outros países. Moradora de Buenos Aires, Andrea Calle, de 52 anos, veio junto com seu grupo de amigos, prestigiar o evento.

“Adoramos handebol de praia e acompanhamos esse campeonato e a nossa seleção por onde ela for”, destacou a torcedora que não gostou de ver a derrota da sua seleção feminina sobre o Uruguai, por dois sets a zero, com o placar de 16 a 14, no primeiro tempo, e 13 a 12, no segundo.

A torcida do Uruguai também marcou presença. Com a Ines Arraga, de 41 anos, vieram mais nove pessoas de Montevidéu somente para prestigiar sua seleção. “A estrutura está fantástica. A cidade de Maricá é linda, povo acolhedor, receptivo e muito merecedora de receber um evento como esse. Torço para que a final seja Uruguai e Brasil, mas que nossa seleção saia campeã”, destacou a uruguaia.

E os atletas agradecem o carinho vindo das arquibancadas e ressaltam a importância dessa troca de energia. Para o defensor da seleção brasileira Thiago Jordan, de 32 anos, nada melhor que a torcida para incentivar a equipe.

“É o nosso combustível. Quando sentimos a vibração que emana das arquibancadas nossa motivação aumenta ainda mais”, explicou Thiago. O pivô Gil Pires, de 37 anos, da Paraíba, falou ainda sobre a importância de disputar em casa. “Há cinco anos não competimos no Brasil, então esse campeonato é muito especial porque recebemos carinho, positividade e isso nos incentiva e nos dá mais força”, ressaltou.

Sobre o confronto contra o Chile, o pivô disse que faltou um pouco de concentração da equipe. ”Somente hoje são três jogos. Então tínhamos que dar uma dosada para chegar inteiro para as demais partidas”, acrescentando que, na parte da tarde, enfrentarão Paraguai e Uruguai.

Para Gil, a seleção do Uruguai é a que mais incomoda. “Por oito vezes fomos campeões Pan-Americanos em cima deles. Então, eles vão vir com sangue nos olhos”, destacou.

O lateral direito Nailson Amaral, de 29 anos, que mora no Ceará e há 12 anos atua na seleção, elogiou a estrutura montada na Barra de Maricá. “Está tudo tão bonito que nos dá mais gosto de jogar. Para retribuir tanto carinho e cuidado, não admito nada além da vitória”, destacou o lateral.

As meninas da seleção do Brasil também enfatizaram a importância da presença da torcida para ajudar nos confrontos. A goleira Ingrid Frazão ressaltou a presença em massa do público. “Sem dúvida alguma, o público é mais um jogador que torce, vibra e nos incentiva a jogar melhor”, frisou a goleira.

A defensora Carol Lima disse que a receptividade do público maricaense é diferente e muito estimulante. “A torcida daqui é sensacional, nos ensina, nos motiva a mudar e a recuperar uma jogada. Queremos dar um espetáculo pra retribuir todo esse carinho”, concluiu.

Confira os resultados da manhã desta sexta-feira (12/7)

Chile X Paraguai (feminino)  vitória do Paraguai por dois sets a zero

1º set – 16 X 18

2º set – 19 X 20

Argentina X Equador (masculino)  vitória da Argentina por dois sets a zero 

1º set – 18 X 14

2º set – 18 X 17

 

Argentina X Uruguai (feminino)  vitória do Uruguai por dois sets a zero

1º set – 14 X 16

2º set – 12 X 13

 

Chile X Brasil (masculino) – vitória do Brasil por dois sets a zero

1º set – 18 X 22

2º set – 12 X 16

 

Paraguai X Uruguai (masculino)  vitória do Uruguai por dois sets a zero

1º set – 12 X 20

2º set – 18 X 26

 

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