Levantamento vai nortear futuras ações públicas de dragagem e desassoreamento - Foto: Marcos Fabricio

A Secretaria Cidade Sustentável firmou uma parceria com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) nesta quarta-feira (10/07) para colaborar estudo das lagoas de Maricá. O levantamento vai nortear futuras ações públicas de dragagem e desassoreamento.

As atividades começam na próxima segunda-feira (15/07) com a coleta de amostras em 30 diferentes pontos nas lagoas para serem analisados parâmetros físico químicos da água e dos sedimentos. O objetivo é o de identificar regiões de contaminação orgânica. Os microrganismos do sedimento serão estudados para indicar a qualidade do ambiente e os impactos no ecossistema a partir de bioindicadores.

O professor de Geologia Marinha da UniRio, Lázaro Laut, destacou a importância do estudo, que faz parte do projeto de Doutorado do aluno Pierre Belart intitulado “Evolução Espaço-Temporal das Lagoas Costeiras do Rio de Janeiro”.

“Realizamos um estudo aqui, em Maricá, em 2013, antes da abertura do canal da Barra. O que observamos naquela época é que não havia renovação das águas das lagoas e que a salinidade era praticamente zero, o que pode ter sido alterado com a abertura do canal. Nosso objetivo é dar prosseguimento a esse estudo e verificar como a lagoa se comportou após essa abertura”.

Sobre o evento, o professor enfatizou a importância da parceria. “O aprimoramento deste projeto com apoio da Prefeitura trará benefícios para o desenvolvimento da ciência, formação de alunos de graduação e pós-graduação, assim como, fornecerá dados importantes para a preservação, gestão e monitoramento ambiental do Sistema Lagunar Maricá-Guarapina”, completou.

Com quatro anos de duração, o estudo busca entender como funciona o sistema lagunar de Maricá, Saquarema, Itaipu e Araruama. “É fundamental entender o funcionamento de cada sistema e como podem ser criados projetos de monitoramento e de gestão ambiental”, declarou, acrescentando que também serão coletadas amostras no mês de janeiro do próximo ano para verificar como as lagoas se comportam em diferentes estações climáticas. “É necessário que verifiquemos os indicadores no verão e comparar com os coletados no inverno porque as lagoas mudam muito entre as estações”, frisou.

O secretário da pasta, Helter Ferreira, falou sobre a importância dessa parceira. “Esse monitoramento é essencial para nortear nossas ações de desassoreamento e dragagem em pontos críticos no nosso sistema lagunar, um estudo completo e com acompanhamento técnico-científico”, destacou. A secretaria irá disponibilizar um barco e piloto que permitirá a navegação dos pesquisadores para a coleta do material.

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