Alunos aprendem técnicas do esporte com atletas - Foto: Elsson Campos

Uma manhã bem diferente nesta quarta-feira (03/07) para os alunos da Escola Municipal Darcy Ribeiro, em Inoã, que participaram de uma oficina com as atletas da Seleção Brasileira Feminina de Beach Handball (handebol de areia).

Muitos alunos desconheciam a modalidade, mas se surpreenderam com o profissionalismo e talento das atletas, presentes na cidade para competir no 1º Campeonato Sul-Centro Americano de Beach Handball, que será realizado entre os dias 11 a 14 de julho, na Praia da Barra de Maricá, fruto de uma parceria entre a Prefeitura, o Novo Beach Handball Brasil e com o apoio da Confederação Brasileira de Handebol.

Os alunos conheceram as regras do Beach Handball, descobriram as diferenças entre as modalidades indoor (de quadra) e de areia, quantidade permitida de jogadores e ainda puderam conhecer as especificidades dos arremessos levantados, como gol de giro e gol aéreo.

Destaque em atividades esportivas realizadas na escola, as gêmeas Thalyta e Thallya da Silva Nunes, de 14 anos, e alunas do 8º ano, adoraram praticar com as atletas da seleção feminina. Com aparência, sonhos e gostos muito semelhantes, as irmãs também dividem o amor pelo esporte, principalmente, futebol, mas ambas não descartam a possibilidade de se dedicarem ao handebol.

“Já conhecia as regras e confesso que gosto muito. Tentamos participar de um campeonato aqui mesmo na cidade, mas não conseguimos montar uma equipe e, por isso, não fomos além. Isso me deixou triste”, declarou. Para Thallya falta um pouco de divulgação sobre essa modalidade. “Tivemos um professor que nos ensinou sobre o handebol e isso nos motivou a praticar. Creio que, se tiverem oportunidade, outras pessoas irão gostar também. O handebol é muito legal e as regras são fáceis de assimilar. Eu adoraria fazer parte dessa seleção”, sonha a aluna.

Já o aluno do 7º ano, Nicollas André Pereira, de 14 anos, desconhecia totalmente o handebol. “Achei muito maneiro poder fazer gol com a mão. Parece ser bem mais fácil que o futebol, basta treinar. Eu me empolguei, quero praticar bastante e quem sabe me profissionalizar”, destacou o aluno.

Durante os arremessos, o aluno do 6º ano, Nuno Raphael Alves, de 12 anos, morador do condomínio Minha Casa, Minha Vida de Inoã, chamou a atenção dos membros da seleção brasileira. “Não conhecia esse jogo, mas não é muito diferente do futebol. Acho que me sairia bem”, frisou o aluno.

Para o diretor do departamento de Beach Handball da Confederação Brasileira de Handebol, Alexandre Cerqueira, ao longo de seus 43 anos dedicados a essa modalidade, é fundamental ao atleta ter disposição e disciplina.

“O esporte é fundamental para o desenvolvimento das crianças e isso tem que começar desde cedo. Cada vez mais os professores de educação física têm que criar aulas estimulantes para atrair mais adeptos e quebrar um pouco a rotina da tecnologia. E o handebol de areia pode ser inserido nesse contexto, visto que tem seu charme junto às crianças porque a bola funciona como um instrumento de atração”, salientou.

E é isso que busca uma das professoras de Educação Física da unidade, Cíntia Alves. “Esse esporte é praticamente novo para a maioria dessas crianças. É fundamental que possamos motivá-las a deixar de lado o celular e se envolver com uma atividade física. Por isso, busco sempre em minhas aulas resgatar as atividades que estimulem a parte motora e socialização dos alunos”, explicou.

A diretora geral da escola Katia Cruz destacou a importância da atividade de educação física como instrumento pedagógico para desenvolver competências necessárias para a aprendizagem e práticas sociais.

“Possibilitamos aos alunos vivências esportivas significativas. Recentemente, realizamos os jogos estudantis internos onde muitos alunos demonstraram habilidades fantásticas em diversas modalidades. Afinal, o que nós almejamos é que nossas crianças e jovens tenham uma mente sã e num corpo são”, enfatizou a diretora.

Para a pivô que está desde 2010 na Seleção Brasileira Feminina de Beach Handball, Renata Santiago, de 33 anos, é maravilhoso esse tipo de encontro para divulgar essa modalidade esportiva.

“Sempre nos perguntam se na areia a bola quica. Há muita curiosidade e tenho a certeza de que ações desse tipo nos ajudarão a popularizar esse esporte. Imagine se conseguirmos plantar uma ideia e, no futuro, termos um atleta profissional saindo daqui. Não é fácil. Temos que ter muita disciplina, mas é muito compensador poder representar nosso país”, ressaltou.

Para o campeonato, a pivô ressaltou que estão seguindo uma agenda intensa de treinos. “Tenho a certeza de que iremos dar o nosso melhor e oferecer um belo espetáculo para quem for assistir. Atualmente, nossa maior rival é a Argentina porque perdemos para elas e queremos a revanche”, brincou a atleta que buscará uma vaga nos Jogos Mundiais de Praia deste ano e no Campeonato Mundial de 2020.

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