Alunos participam de clínica de handebol - Foto: Elsson Campos

Atletas da Seleção Brasileira feminina que estão em Maricá para participar do I Campeonato Sul-Centro Americano de Beach Handball aproveitaram a manhã desta terça-feira, dia 02/07, para visitar algumas unidades da rede pública de Maricá, como a E.M. Clério Boechat, que fica no Flamengo. Cerca de 80 alunos com idades entre 11 e 13 anos tiveram então, uma aula de educação física diferente: uma clínica de handball.

“Viemos fazer uma demonstração da modalidade, para que os alunos saibam como se joga o handball de areia. Além de geralmente jogarmos na praia, fazemos jogadas espetaculares onde o giro vale dois gols, tem aérea, e tem jogada de aérea para aérea. São jogadas muito bonitas que chamam a atenção de quem está assistindo”, ressaltou Priscilla Annes, ex-atleta da Seleção, que atualmente faz parte da diretoria da Confederação Brasileira de Handball (CBHB).

Há 10 anos atuando na Seleção, Nathalie Sena também explicou o funcionamento do esporte que representa. “O beach é diferente da quadra porque o ambiente é mais descontraído. É bem mais fácil, mais gostoso para os alunos aderirem à modalidade. Só em relação as regras que é um pouco diferente, mas dá para iniciar dentro das escolas”, esclareceu.

“O esporte faz com que a pessoa tenha uma disciplina. Isso é importante não só para quem visa ser atleta ou ter um corpo bonito, mas para ter qualidade de vida. E as crianças, quando começam a praticar algum esporte, querem ver a atividade em tudo quanto é lugar. Essa é a parte boa também, porque ajuda a afastá-las do caminho de drogas e criminalidade”, ressaltou Priscilla Annes.

Atleta da seleção desde 2013, Carol Lima convidou os alunos para acompanhar a competição que acontece entre os dias 11 e 14 de julho na praia da Barra de Maricá e garante uma vaga no Beach Games de outubro no Catar. “É na escola que nasce o atleta, é onde você vê o potencial do aluno, então tudo começa na escola. Mas a família também ajuda muito”, lembrou.

“Ter em nossa escola uma atividade como essa é de suma importância. Nós sabemos que atividade física é disciplina, incentiva, motiva. Os professores falam sempre sobre isso, porque quando o aluno começa a praticar uma atividade física, seu rendimento sempre melhora”, frisou a diretora adjunta da unidade, Eliane Gonçalves.

Professor de educação física, Diego Rosa confirmou. “Não oferecemos apenas uma atividade, mas uma vertente de diferentes atividades para incluir mais alunos. Receber a Seleção Brasileira de Beach Handball é uma experiência ímpar que está sendo proporcionada aos alunos”, resumiu.

“Foi bem bacana. Gostei muito da visita das jogadoras aqui na escola, das atividades que elas fizeram. Elas são muito legais, foi legal poder conhecê-las e já deu para perceber, pelo que a gente conseguiu ver, que elas jogam muito bem. Conseguimos saber um pouco também do que passam no jogo”, disse sorridente a aluna Luisa da Silva Medeiros Moura, de 12 anos, do 7º ano.

As atletas falaram sobre a preparação. “Queria ser jogadora de vôlei até que uma professora me disse que eu seria uma ótima jogadora de handball, que eu nem sabia o que era. Mas independente do tamanho e da modalidade que você escolher, amar a atividade física é o primeiro passo. Praticar, treinar, fazer com amor, independente de onde você tiver, faz com que tudo flua normalmente. Quando você vê, está no melhor clube da cidade ou até mesmo na Seleção”, resumiu Nathalie Sena.

“O Brasil está há um pouco mais de 10 anos no pódio. Sabemos que nos manter em cima é um pouco mais difícil, mas viemos em busca do topo mais alto do mundo. No treinamento, a gente está sentindo um pouco mais de dificuldade na areia, que é um pouco mais pesada. No treino pela manhã, o clima é um pouco mais frio, diferente do Nordeste, mas a gente está começando a se adequar à temperatura e ao piso daqui”, concluiu confiante. 

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