Seminário de Direitos Humanos no Centro - Foto: Marcos Fabricio

O segundo dia de atividades da Semana da Cidadania e dos Direitos Humanos, da Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher recebeu, nesta terça-feira (11/12), debates com temas atuais. Na estrutura montada no Esporte Clube Maricá, foram apresentadas as mesas “Direito dos Indígenas”, “Democracia e luta de classe” e “Tortura nunca mais”.

A primeira abordou os direitos dos indígenas e contou com a participação do Cacique Félix, da Aldeia Kyringue Aranduá, em Itaipuaçu; de Amarildo Werá, da aldeia indígena Tekoa Ka’ Aguy Ovy Porã (Mata Verde Bonita), de São José de Imbassaí, e membro do Conselho Estadual de Direitos Indígenas e de Marize Para-Rete, presidente da Associação Indígena Maracanã e conselheira do Conselho Estadual dos Direitos dos Indígenas.

A segunda mesa falou sobre a democracia e luta de classe e estiveram presentes Edgar González Marin, consul geral da Venezuela no Rio de Janeiro e Joaquim Pinero, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O cantor Ronaldo Valentim homenageou os militantes do MST mortos na Paraíba com a canção Requien paramatraga, de Geraldo Vandré. Joaquim Pinero falou sobre a importância de debater as lutas traçadas diariamente pelos que estão no MST e o que a comissão de Direitos Humanos pode fazer para que as melhorias aconteçam em todas as áreas.

“Maricá é uma cidade que se preocupa sempre com esses debates, ilustrando como os Direitos Humanos trabalham e isso faz com que possamos traçar reflexões importantes em nosso país, como a situação dos moradores de favelas e os moradores em situação Sem Terra. Foi uma escolha acertada reunir tudo isso justamente no 70º aniversário da Declaração dos Direitos Humanos”, disse o dirigente. “Estou muito contente pelo convite que me fizeram e é muito importante debatermos a questão dos Direitos Humanos, onde pude falar sobre o que tem sido feito na Venezuela, diferente do que a grande mídia divulga. Lá estamos ainda na luta para seguir com os ideais que criamos e somos um povo que busca a soberania, com um legado de justiça social para todo o nosso povo”, explicou Edgar Marin.

Camila de Melo, da direção executiva da CUT-Rio acompanhou os debates e falou sobre o cenário atual que observa em Maricá. “Nós vemos Maricá como uma cidade ainda na resistência, que, como poucas, tem ainda o compromisso com os Direitos Humanos. Aqui consigo ter uma visão diferente, em comparação com outras cidades do Estado, pois poucas vêm trabalhando nisso, e creio que todo esse trabalho irá deixar um legado na construção da cidadania dos maricaenses”, concluiu.

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