A Festa Literária de Maricá (FLIM), que ainda acontece até o dia 01/11, contou com diversas atrações neste sábado (27/10). Além de ter 20 estandes para exposição e vendas de obras literárias e didáticas, o público pôde presenciar apresentações como personagens vivos da Turma da Mônica, contação de histórias, mesa de debate sobre leitura, espetáculo musical e pinturas no corpo que atraíram o público infanto-juvenil.
Uma das atrações que contagiaram os que acompanhavam a FLIM foi uma adaptação do musical “A Bela e a Fera”, da Cia. Lídia Maria, localizada em Itaipuaçu. Com 12 bailarinos no palco com idades entre 7 e 22 anos, o espetáculo original, que tem um total de 57 bailarinos, arrancou aplausos do público que vibrou com a performance apresentada.
“É um projeto maravilhoso ter uma feira de Literatura aqui em Maricá porque eu incentivo a leitura nas minhas aulas de balé”, disse Lídia Maria, diretora da Cia. “Além disso, poder apresentar um pouquinho da arte e da dança que existe aqui em Maricá, já que representamos a cidade em vários festivais nacionais e internacionais”, finalizou a professora de balé clássico, que também dá aulas no Centro de Esportes e Artes Unificados (CEU).
Acompanhando o musical, mãe de duas meninas com Síndrome de Down e que são alunas da professora Lídia Maria, Ana Carla Mataruna destacou a inclusão de pessoas com deficiência nas apresentações de balé. “O que queremos hoje em dia são pessoas que se dediquem não só tecnicamente, mas que tenham uma visão completamente inclusiva. Não temos que ter aulas especiais para Roberta ou para Maria Isabel. Elas estão incluídas, dançam com a turma e com a mesma coreografia acessível para todos. Queremos agradecer toda a equipe da Prefeitura”, finalizou a psicóloga e empresária.
Mais tarde, um grupo composto de nove pessoas entre professores e alunos da Escola Municipal Clério Boechat, no Flamengo, apresentou para o público presente o projeto Jovem Escritor. Nele, cerca de 20 jovens do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental da unidade se reúnem junto aos dois professores no contraturno escolar para escreverem, apresentarem e analisarem contos, romances, poesias e histórias em quadrinhos produzidos pelos próprios estudantes.
Aluna do 9º ano da unidade, Estefany Vaz, de 15 anos, apresentou três textos de sua autoria: um abordava sobre a paixão da morte pela vida, o segundo era um recorte de várias obras escritas por seus amigos e o último falava sobre o tempo e as incertezas. “Isso representa muito para mim porque desde 2015, quando comecei a apresentar os poemas e textos, eu me sentia um pouco isolada, e não gostava de mostrar muito. E hoje, estar aqui mostrando isso para todo mundo, não só no espaço do Clube Literário, mas para as pessoas de fora, é um grande avanço pessoal”, contou.
Um dos idealizadores do projeto, o professor de Português e Inglês Rodrigo Souza Lobo da Silveira, mostrou a satisfação de poder acompanhar de perto o desempenho dos jovens escritores. “No caso deles em particular eu tenho o prazer e orgulho de estar acompanhando o passo a passo deles há muito tempo e nós vemos isso hoje. Uma jovem aluna que já é autora de um livro, que tem textos suficientes e qualidade suficiente para ter seu próprio livro, e que hoje fala para a imprensa”, disse orgulhoso. Finalizando as atrações da FLIM no sábado, o grupo Family Fun realizou atividade de pintura facial e esculturas com balões.
