Como parte da programação do Outubro Rosa, a Secretaria de Saúde ofereceu no último sábado (27/10) o serviço gratuito de mamografia móvel. A unidade ficou disponível das 8h30 às 17h, na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro, e atendeu de dez em dez minutos os 50 pacientes já marcados. Para a realização da mamografia, os pacientes deveriam estar regulados junto à Secretaria de Saúde do município.
Os exames feitos nos pacientes que aguardavam na fila foram solicitados pelos ginecologistas e mastologistas e já estavam na central de regulação. Os usuários puderam dar entrada na central de regulação, localizada no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, com a apresentação do pedido do exame, documento de identidade, comprovante de residência e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS).
Porém, em virtude do grande fluxo de pessoas interessadas na realização da mamografia, foi feito um cadastro para encaminhamento à consulta com o mastologista e posteriormente para a entrada na regulação. Só então o paciente fará a mamografia e a secretaria vai informar por telefone a essas pessoas sobre o agendamento. A secretária de Saúde Simone Costa esteve no local e explicou que todos os exames são marcados com antecedência com o pedido médico dando a orientação. A mamografia, segundo Simone, por exemplo, é uma avaliação na qual é necessária fazer o preenchimento de um documento que é encaminhado pelo Ministério da Saúde, e que consta a indicação, o fator de risco, a especificidade de uma área da mama, entre outros requisitos.
“Nenhum local, município ou órgão da Saúde faz exame sem pedido médico. Marquei com todas essas pessoas sem pedidos para que passem pelos médicos, ginecologistas e mastologistas nos seus devidos bairros”, afirmou. “Tem pessoas que vão precisar fazer ultrassonografia ou ressonância e não uma mamografia, e quem diz isso é o médico. Se o médico achar que a paciente tem uma lesão que não possa ser vista na mamografia, ele vai pedir um outro tipo de exame”, enfatizou.
Simone Costa adiantou ainda que a partir da segunda quinzena do mês de novembro, assim como ficou estacionado no Centro, o caminhão vai percorrer pelos bairros de Inoã, Itaipuaçu, São José do Imbassaí e Ponta Negra, com o intuito de realizar exames como densitometria, mamografia, Raios-X, Ecocardiograma, Ultrassonografia e Eletrocardiograma. “Estaremos com o Saúde na Porta [nome dado ao programa itinerante] que não é só para mamografia, e vamos para os bairros de maior densidade populacional. Por isso anotamos os bairros das pessoas. Ou seja, aquelas que moram no bairro onde estaremos com o caminhão, serão previamente comunicadas para fazerem o exame naquele bairro”, finalizou.
Esperando para ser atendida, a aposentada Sueli Barreto de Aguiar, de 76 anos, aprovou o fato de poder realizar o exame na cidade onde mora. “O atendimento aqui na praça é melhor porque no ano passado eu fiz o exame no Rio de Janeiro. Se fizesse todo ano aqui seria uma beleza para nós moradores de Maricá, porque existem pessoas que não têm condições de ir ao Rio”, afirmou a moradora do Flamengo. A moradora de Guaratiba, Kátia Cardoso, de 68 anos, ressaltou a importância de realizar o exame de mama periodicamente, já que tem casos da doença na família. “Meu tio faleceu recentemente com câncer de mama, meu pai, duas tias e avó também tiveram a doença. Por isso sempre faço o exame duas vezes ao ano”, relatou a pedagoga.
Morando há dois anos em Maricá, Ozana Souza da Silva, de 54 anos, acredita que a mamografia deva ser feita periodicamente a fim de prevenir a doença. “Nós mulheres precisamos muito fazer esse exame. Quanto mais cedo fizer, é bom para combater essa doença. Prevenir é sempre bom”, concluiu.
