Equipe do Viver Bem Maricá (branco) enfrentou o C.M. do Sana no último sábado - Foto: Elaine Nunes

A 4ª Rodada do Campeonato Estadual de Corfebol 2017 realizada no último sábado (02/09), no Complexo Esportivo Leonel Brizola, contou com a participação das equipes Viver Bem Maricá, C.M. do Sana, PCF Corfebol, UFRJ Corfebol, Rio Corfebol e Corfebol Casimiro.

Os resultados das disputas, realizadas na parte da tarde, foram as seguintes: C.M. do Sana 8 X 2 Viver Bem Maricá; PCF Corfebol (Macaé) 2 X 3 UFRJ Corfebol; Rio Corfebol 5 X 4 Corfebol Casimiro.

Pela manhã, as equipes de Maricá e Rio Corfebol participaram de um amistoso, para que houvesse a troca de experiência e técnicas que ajudariam a enriquecer a performance e preparação física dos representantes anfitriões dentro de quadra, mais inexperientes. O objetivo foi alcançado, apesar do time ter sido derrotado. A atuação foi marcada pelo entrosamento dos jogadores.

Para o preparador do Viver Bem Maricá, Vinicius Gama o time se comportou bem melhor em quadra em relação ao jogo anterior. “Como a equipe do Sana é tecnicamente inferior à Rio Corfebol, que enfrentamos na outra rodada, tivemos condições de fazer um pouco mais de frente, de cestas. Sabia que dificilmente ganharíamos porque a equipe deles joga há três, quatro anos e estamos começando. Mas eles marcaram bastante e evitaram uma goleada, mostrando qualidade e condições de vencer no próximo jogo”, comemorou.

Um dos destaques da partida foi o pequeno Luiz Carlos Assunção Campos, de apenas 12 anos. “Ele é um jogador que tem muito ímpeto, movimentação. Apesar do tamanho, tem vantagem porque usa mais a inteligência do que a média do jogo, sabe a hora de marcar a cesta, o momento de ser mais agressivo e tentar avançar para bloquear, então o diferencial dele é ele mesmo, porque sabe como se comportar em todas as situações”, elogiou o técnico.

Luiz Carlos retribuiu, agradecendo os ensinamentos de seu professor. “Se não fosse ele não saberíamos nem fazer um arremesso, então agradeço por poder ter ajudado a equipe. Eu treino muito em areia para melhorar minha preparação, observo as equipes mais experientes no aquecimento, reparo como são o ataque e a defesa deles, o tipo de arremesso, o posse de bola, como eles se comunicam entre si sobre o que vai acontecer no jogo e evito ao máximo faltar aos treinos”, declarou.

Presidente interino da Federação de Corfebol do Estado do Rio de Janeiro e jogador da equipe Rio Corfebol, Alexandre Silva falou sobre a importância da rodada. “É decisiva porque define as posições na tabela do torneio. Já estamos chegando no estágio final, na fase classificatória, onde teremos os atletas que vão disputar os próximos triangulares A e B, porque do triangular A é que saem os três primeiros colocados”, explicou.

À frente das demais equipes, os técnicos fizeram questão de incentivar os atletas da equipe Viver Bem pela evolução alcançada desde o início de sua atuação. “Todas as demais equipes, exceto essa, tem uma certa estrada. Para toda equipe principiante é um desafio muito grande entender toda a técnica e as movimentações que o esporte sugere a ponto de poder competir com equipes que já existem há mais tempo”, completou Alexandre.

Técnico do Casimiro, Ralf Guimarães Ribeiro também ressaltou o crescimento da Viver Bem, após participar do Irmandade sem fronteiras. “Eles tiveram a oportunidade de jogar com times da Argentina e da Colômbia, experiência que percebemos, já trouxeram para o campeonato. Ganhar todo mundo quer, mas como um dia fomos ajudados, também vamos ajudar”, garantiu.

“Todos nós somos universitários, sendo a maioria de Educação Física, então para nós é muito importante ver o Corfebol se espalhando pelo Rio de Janeiro e a nossa ideia é que o jogo se espalhe ainda mais. O time de Maricá é bastante jovem e apesar da pouca experiência tem grande potencial de crescimento e de incentivo em relação a outras crianças”, completou Leandro Meruze, técnico da UFRJ Corfebol.

Questionado sobre a prática do esporte, o técnico das equipes PCF Corfebol (Macaé) e C.M. do Sana, Ruan Garcia falou sobre a oportunidade para todos, independente de tamanho, idade e sexo. “Esse é um esporte que vem rompendo com paradigmas excludentes e arcaicos que sempre afastaram a mulher da prática esportiva”, concluiu.

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