Guando e demais produtos da região foram vendidos no evento rural deste domingo - Foto: Fernando Silva

Realizado a cada dois meses, o “Espraiado de Portas Abertas”, um projeto da Secretaria de Turismo, aconteceu neste domingo, 06/08, tendo o guando como tema gastronômico.

Moradores de São Gonçalo, Lúcio Morais, 43 anos, e sua esposa, Manuela Moraes, 33 anos, têm amigos na cidade e fazem questão de sempre participar do evento. “É a valorização de um lugar que antes era esquecido e das pessoas que moram na cidade através da mão de obra. Isso é importante ter na cidade e é o que esse projeto oferece tanto na gastronomia, porque você desfruta dos barzinhos que têm, cada um com seu tempero diferenciado, quanto nas barraquinhas de artesanato”, explicou Manuela.

“Sem dúvida nenhuma, a educação do povo parte da cultura. E aqui você vê cultura, artesanato, música, culinária. Isso tudo permite um acréscimo de renda para os moradores, então, socialmente é um evento perfeito. Muito bacana”, completou Lúcio.

Moradora do Rio, Fernanda Nascimento, 39 anos, concordou com o casal. Segundo ela, que já morou na cidade, o bairro sempre ficou esquecido. “Eu vim por causa do Espraiado, do guando, porque eu sou nascida e criada aqui em Maricá e acho legal valorizar essas coisas da terra, que quase ninguém valorizava e muitos nem sabem que tem na cidade. Aí acabam indo procurar em Friburgo, em Teresópolis, as mesmas coisas que tem aqui”, declarou.

Vendedora de bolos e moradora do Espraiado, Regina Moraes, 49 anos, também aprovou a realização do evento, que segundo ela, deveria acontecer com mais frequência. “Pra mim é muito bom, porque eu sou mãe solteira, mas ganho pouco, então essa é a oportunidade que eu tenho para uma renda melhor, além de divulgar nosso bairro, o que também é muito bom”, explicou.

Participante da “FeirArte”, a artesã Tania Mello, 56 anos, moradora de Inoã, falou que o Espraiado de Portas Abertas é ótimo porque, além de comprar, as pessoas têm a oportunidade de desfrutar da natureza. “A gente pode divulgar nosso trabalho num lugar muito agradável, enquanto as pessoas têm contato com a natureza e pode conhecer o local”, declarou, sugerindo um período menor entre as edições. “Ele poderia ser todo mês”.

Maricá Bike Club

Esta edição, porém, foi marcada por algumas novidades, como um passeio de cicloturismo através da parceria da Prefeitura de Maricá com o “Maricá Bike Club”, grupo baseado em Bambuí, que contou com a participação de ciclistas de Maricá e de cidades convidadas, como Rio de Janeiro e Cabo Frio, percorrendo cerca de 30 km desde a Secretaria de Turismo (Centro) até o Espraiado, passando por Jacaroá, Pindobal, Bambuí, Manoel Ribeiro e Jaconé e retornando pelo mesmo percurso.

Além disso, no Sítio Horse, o proprietário Alessandro Souza resolveu inovar, oferecendo aos visitantes além do guando, opções de aperitivos e bebidas no food truck “Bar da Beth”. “Esse é um evento muito bacana que ajuda na divulgação do Espraiado. Então, eu acho que quem é daqui tem obrigação de participar”, disse. Quanto à ideia do food truck, Alessandro explicou: “Eu conheci o Roberto em Itapeba, gostei da estrutura dele e achei que seria bom para a gente fazer essa divulgação num esquema diferente”, explicou, antes de afirmar que, em seu sítio, além de hospedar cavalos com o aluguel de cocheiras e treinar os animas, a população também encontra uma escola de equitação.

A Beth que dá nome ao caminhão-comida chama-se Elizabeth Alves, ex-chacrete Beth Boné, que mora na cidade há 15 anos e, ao lado do marido Roberto Alves, não só toca o food truck da família, mas também está à frente de uma associação do ramo, a “Seven Food”. O casal fez questão de prestigiar o evento na companhia da amiga e também ex-chacrete, Sandra Pérola Negra. “Eu amo Maricá. Vim em 1991 e não saí mais. Fui pioneiro no condomínio em que moro. E se ela topasse eu vinha aqui para o Espraiado, que eu acho maravilhoso, mas ela não quer”, confessou Roberto.

Deixe uma resposta

Please enter your comment!
Please enter your name here