Temas femininos foram discutidos na pré-conferência municipal da Mulher - Foto: Clarildo Menezes

O Conselho Municipal de Saúde de Maricá (CMS) realizou, nesta terça-feira (25/04), a Pré-conferência Municipal de Saúde das Mulheres. O evento, que aconteceu no Centro Paroquial Sal da Terra, no Centro, contou com a presença de representantes de ONGs; entidades públicas, privadas e filantrópicas; associações; Usuários do SUS Municipal; Conselho de Classe; gestores municipais; índios; e da população em geral.

De acordo com a secretária de Saúde, Simone da Costa Silva, a iniciativa visa estabelecer ações que serão levadas para a pauta da 1ª Conferência Regional da Metropolitana II de Saúde das Mulheres, em Niterói, e posteriormente para a Conferência Nacional de Saúde das Mulheres, que deverá acontecer entre os dias 01 e 04 de agosto, em Brasília. A pré-conferência atende a uma determinação do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Todas as diretrizes apresentadas a nível municipal constarão em um relatório, que dará suporte a ações de atenção à saúde da mulher. “É muito importante termos em ação tudo o que o município precisa”, destacou Simone. “Os apontamentos mais relevantes dizem respeito à adequação com relação a exames que precisamos ter em Maricá. Fomos solicitados quanto à rapidez na entrega dos resultados dos preventivos e quanto à necessidade de um mamógrafo municipal”, acrescentou a secretária.

O tesoureiro do CMS, Sérgio Campello, abriu a mesa diretora falando sobre a importância da participação popular na tomada de decisões vão impactar o futuro da saúde da mulher no município. “Podemos perceber aqui a grande energia e entusiasmo que cada um está trazendo para contribuir com as pautas colocadas pela Conselho Nacional de Saúde”, disse. “Nós temos um norteador nacional, mas podemos desenvolver, a nível de município, ações que correspondam às nossas necessidades”, analisou Campello.

Segundo o presidente da OAB/Maricá, Amilar Dutra, os debates apontarão um bom caminho para o futuro da saúde. “Fico muito feliz em ver a participação ativa da população, em reuniões como essa é que são definidos rumos importantes. Vamos unir esforços para melhorar a saúde das nossas mulheres”, afirmou Amilar.

Usuária do SUS e presidente do Grupo Rosa Choque – que é voltado para assistência às mulheres vítimas de violência -, Selma Araújo elogiou a pré-conferência. “Esta é uma oportunidade única, onde nós, mulheres, estamos nos colocando diante das nossas reais necessidades. Nós precisamos desse fortalecimento”, avaliou. “Não adianta ficarmos questionando as ações políticas que consideramos negativas, se não sairmos da nossa zona de conforto para lutar pelos nossos direitos. É preciso unir as pessoas, para que construam uma rede de estratégias, alternativas e sugestões, para combater os problemas que acontecem, não só em relação a saúde”, disse Selma.

A coordenadora de Políticas para as Mulheres, Luciana Piredda, falou sobre a força que a união de diferentes grupos de interesse trazem para a população como um todo. “É necessário que os homens venham ao menos ouvir e ser nossos parceiros na luta pelas questões das mulheres”, disse. “Nenhuma política pública se faz isoladamente. Transversalidade é o norte, se não fizermos isso, não vamos conseguir universalizar”, concluiu Luciana.

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