Seminário expôs trabalhos da Assistência Social, Saúde e da Secretaria Adjunta de Idoso - Foto: Fernando Silva

Assistência Social e Saúde foram os temas do terceiro dia de debates no Seminário de Políticas Sociais, realizado desde segunda-feira (05/12) no Cinema Público Municipal Henfil, no Centro. O evento foi aberto com a cantora Maria de Souza e o violonista Ronaldo Valentim interpretando a canção “Quem de nós”, de Ana Carolina, e a apresentação de músicas natalinas a cargo do grupo musical Nossa Alegria, da Secretaria Municipal Adjunta do Idoso.

O secretário municipal executivo de Políticas Sociais, Alexandre Rodrigues, enfatizou que o seminário, além de ser pioneiro no município, serve como forma de conscientização e resistência face ao quadro político no país. “Diante da desordem institucional que estamos vendo, do desrespeito à legislação brasileira, Maricá surge como exemplo de visão progressista e trabalho integrado. Este seminário tem apontado resultados alcançados nas políticas sociais, base dos planos e metas do governo e outros projetos que serão concluídos no governo do prefeito eleito Fabiano Horta, como o Hospital Municipal Ernesto Che Guevara, referência em toda a região”, adiantou.

A secretária municipal adjunta do Idoso, Lesirée Figueiredo, exibiu um vídeo mostrando o trabalho realizado pela pasta, cujo programa principal é a Casa do Idoso Mais Feliz. “São 4.929 idosos assistidos em quatro unidades (só no Centro, são 3.220 idosos) e seis núcleos espalhados pelos quatros distritos do município, além de novos núcleos no Minha Casa, Minha Vida”, contou. “São oferecidas dezenas de atividades esportivas”, acrescentou, citando tai-chi-chuan, hidroginástica, natação, alongamento, reiki, jogos, aulas de danças de salão e do ventre, cigana, cursos de inglês e informática, passeios, teatro, cinema, biblioteca e sociais, festas, bailes e oficinas de geração de renda (artesanato e outros). “Trabalhamos com denúncias anônimas (Disque 100), com outros órgãos como o CREAS e o Ministério Público, no combate à violência contra o idoso. Temos parceria com o Lar Batista, com vagas para idosos sem família. Temos o Conselho Municipal do Idoso e o Fundo Municipal do Idoso, que dão suporte às ações em defesa da terceira idade”, prosseguiu, detalhando uma das principais estruturas de política social do governo.

Ainda de acordo com a secretária, serão construídas mais seis casas para o programa, que é referência em todo o estado. “Estamos crescendo em número de pessoas e atividades. E o novo governo já sinalizou que pretende sair do aluguel para a construção de casas próprias”, revelou. Segundo ela, o arquiteto Francisco Lameira, da Secretaria Municipal Adjunta de Obras, já projetou estas unidades. “Uma delas será a sede da Praia do Idoso”, completou Lezirée, referindo-se a um dos programas.

Também presente à mesa, a secretária municipal adjunta de Assistência Social Laura Maria Vieira da Costa, apresentou o fluxograma de trabalho da secretaria, suas divisões e atribuições. “Quando assumimos a secretaria, eram 67 funcionários, dois CRAS e um CREAS. Hoje, temos 415 funcionários, a maioria técnicos, e 14 setores de atendimento, além de equipamentos itinerantes. É um avanço enorme”, disse. “Infelizmente, a crise no Estado acabou com a Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. Nossa ponte agora é apenas o governo federal, com limitações”, completou.  “Aqui trabalhamos com programas de transferência de renda, como o Bolsa Família (6.373 assistidos em 2016), o Benefício de Prestação Continuada (BPC, para deficientes físicos), o Cartão Universitário, e outros, todos filtrados pelo Acolhimento Social, porta de entrada para os programas”, descreveu a secretária, para quem os CRAS fixos e itinerantes são a base do atendimento comunitário. “Há, ainda, o CREAS, que trabalha com risco social em parceria com os Conselhos Tutelares e o Judiciário. Até agora, foram 28.247 pessoas que procuraram a Secretaria, que realizou 5.855 atendimentos. “Não fazemos assistencialismo paternalista. Oferecemos ao usuário a possibilidade do empoderamento de suas demandas, ajudando-o na solução”, declarou Laura.

A diretora médica do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, Simone Costa e Silva, prestou contas da sua ação à frente da unidade. “A Saúde é um setor em crise, em todo o país. Muitos falam do hospital sem saber o que ele oferece em serviços. O prédio, antes residência, foi doado pelo comendador João Leopoldo Modesto Leal há oitenta anos, e sofreu várias reformas, com ampliação do número de salas, humanização da recepção e recebimento de novos equipamentos. Os médicos estão com salários em dia, o que nos dá credibilidade com esses profissionais”, descreveu. “Temos um hospital funcional que atende casos de pequena e média complexidade, com ambulatórios, centro cirúrgico (o maior número de casos é de ortopedia e bucomaxilofacial, devido aos acidentes) enfermarias, emergência e urgência, e programas de saúde preventiva”, continuou. “Maricá, é um dos poucos municípios fluminenses que estão honrando seus pagamentos na área da Saúde pública. Com o novo hospital Dr. Ernesto Che Guevara, o Conde Modesto passará a Hospital da Mulher e o município ganhará três blocos com 138 novos leitos, três CTIs, três centros cirúrgicos, setor de politrauma, ambulatórios em quase todas as especialidades médicas, além de cinco anestesistas, 19 cirurgiões, intensivistas e outros especialistas. A saúde em Maricá, ao contrário do que dizem, está acima do percentual de acertos”, comentou.

A subsecretária de Atenção Básica em Saúde, Claudia Rogerio, representou o secretário adjunto Peterson Cabral, e apresentou os programas e atribuições da pasta. “Atenção Básica em Saúde é prevenção, e para atender o município temos 27 equipes em 21 setores estratégicos. São 3.500 atendimentos/mês, com divisões como os postos do Programa de Saúde da Família, o Núcleo de Atenção à Saúde da Família (NASF), o Programa de Atenção Integral à Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (PAISMCA), à Saúde do Homem, Programa à Saúde Bucal (CEO, e postos de Saúde), Hiperdia (hipertensão + Diabetes), Saúde Indígena, Saúde Mental, Tabagismo, e outros programas como Vigilância da Saúde do Trabalhador, Vigilância Ambiental, Vigilância contra a Dengue (Maricá Nutricional, Hanseníase, Tuberculose e outros, além do atendimento no Hospital Municipal Conde Modesto Leal (HMCML), Posto de Saúde Central e UPA 24H”, finalizou.

A estudante de Radiologia Iesa Rosa de Aguiar, 19 anos, disse que viu no seminário “a oportunidade de mostrar o trabalho do governo, com fatos que grande parte da população desconhece. Estou aprendendo bastante”, considerou. Paulo Cesar Neto, 43 anos, está desempregado, mas mesmo assim fez questão de assistir ao seminário. “Trabalho em serviços gerais, mas está difícil arranjar emprego. Enquanto acompanho a esposa, preencho meu tempo aprendendo alguma coisa a mais”, declarou.

 

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