Último dia de evento do “Minha Casa, Minha Vida” em Itaipuaçu reuniu cerca de 300 famílias para escolha das unidades

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Último dia de evento do “Minha Casa, Minha Vida” reuniu cerca de 300 famílias para escolha das unidades

Cerca de 300 famílias participaram nesta segunda-feira (02/02) do último dia do evento do programa federal “Minha Casa, Minha Vida” realizado pela Prefeitura em parceria com a Caixa Econômica Federal (CEF), no novo condomínio Carlos Marighella, em Itaipuaçu, previsto para ser entregue em abril. Na ocasião, os beneficiários escolheram a localização do imóvel e receberam orientações sobre o contrato de financiamento com a CEF por 10 anos, com parcelas mensais de R$ 25 a R$ 80 de acordo com a renda. Seguindo um modelo padrão, o condomínio é dividido em 184 blocos, com 1.472 apartamentos de 46m2 cada, composto por dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, além de áreas comuns como parque infantil, quadras de esportes, salão de festas e churrasqueiras.

A coordenadora do programa em Maricá, Lene de Oliveira, falou sobre a importância histórica desse momento. “Queremos oferecer o melhor para vocês. Estamos ajudando a realizar o sonho da casa própria. Mas, não é apenas isso. Continuaremos aqui para prestar ajuda técnica e social como encaminhamento para mercado de emprego e oficinas profissionalizantes de geração de renda, como por exemplo, confeitaria, doceria, dentre outras. A presença do poder público municipal será constante, buscando melhorar a qualidade de vida dos moradores”, declarou.

Para atender de forma adequada os beneficiários, cerca de 70 profissionais, dentre equipe de apoio administrativo, segurança e limpeza, foram mobilizados nos cinco dias de evento, iniciado na segunda-feira passada (26/01). Tendas, cadeiras, comidas, lanches foram contratados para servir com dignidade os futuros moradores do empreendimento. Durante todo o tempo, havia no local, ambulância com motorista e técnico de enfermagem capacitado para prestar qualquer tipo de socorro. “Atendemos uma média de cinco pessoas por dia. A maioria era para aferição de pressão arterial e glicose. Tudo correu na maior tranquilidade apesar do calor da semana passada”, declarou a técnica de enfermagem Jéssica Conceição Pedro.

A gerente regional da Caixa, Mônica Coutinho Campos, esclareceu aos novos proprietários a importância de se comparecer aos próximos encontros marcados pelo banco. “É necessário deixar claro que vocês têm que comparecer para a assinatura do contrato e também para pegar a chave”. Além disso, a gerente fez questão de destacar algumas das diretrizes do programa. “Durante 10 anos, não é permitido alugar, ceder, emprestar, nem vender. É bom esclarecer que isso aqui não é um presente, mas sim um direito aprovado pela CEF que exige o cumprimento de alguns deveres”, destacou.

A coordenadora de projetos especiais do município, Luciana Andrade, explicou aos beneficiários questões sobre saneamento básico. “É importante ressaltar que a problemática da falta de água não é apenas em Maricá, mas que diversas cidades no mundo estão enfrentando. Por isso, gostaria de pedir a colaboração de vocês para um consumo consciente. Nesse condomínio, o hidrômetro é individualizado e vocês pagarão somente pelo que utilizarem. Há um reservatório de água de 24 mil litros para atender a cada um dos blocos (oito unidades), além de estação de tratamento exclusivo para o condomínio”.

Beneficiários

Respeitando critérios como portador de necessidade especial e idade, a primeira contemplada nesse último dia foi Jandira Soares Pinheiro, de 75 anos. Ela mora com sua filha Juliana Pinheiro, de 34 anos, numa pequena casa no bairro Pedreiras e pagam R$ 500 de aluguel, além dos custos de luz e água. “Recebo um salário mínimo e tenho enormes gastos com médicos e remédios. Estou muito feliz com essa conquista. Me inscrevi em 2009 no programa e agora estou vendo meu sonho se concretizar. A primeira coisa que vou fazer é um almoço para a minha família para inaugurar a casa nova”, declarou.

Outra beneficiária é Stephani Cristina Blas, de 22 anos e mãe de um filho de um ano. Ela é manicure e trabalha por conta própria, com gasto de R$ 350 de aluguel numa casa em Santa Paula. “Não chego a receber nem um salário mínimo. Varia muito, mas fica em torno de R$500, que mal dá pra me alimentar. Esse imóvel vai trazer mais dignidade para minha família e mais qualidade de vida para meu filho que terá espaço para brincar e se divertir”.