Saúde leva Programa Hanseníase para escolas municipais

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Equipe do Programa Hanseníase contou com os palhaços Piripompom, Piripimpim e Piriripopoca para chamar a atenção dos alunos

Em função da 2ª Campanha Nacional de Hanseníase, Geo-Helmintíases (verminoses) e Tracoma (inflamação dos olhos), realizada de 26 a 30/05, a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Secretaria de Educação de Maricá, promoveu atividades de conscientização sobre as doenças nas escolas municipais Maurício Antunes e Municipal Carlos Magno, nesta quinta (29/05) e sexta-feira (30/05). O evento, com o objetivo de reduzir a carga parasitária de vermes em estudantes; identificar casos suspeitos de hanseníase; diagnosticar e tratar casos de tracoma nos escolares de cinco a 14 anos, contou com a participação da equipe do Programa Hanseníase da cidade.

A estratégia utilizada pela equipe para chamar a atenção dos estudantes foi levar os palhaços Piripompom, Piripimpim e Piriripopoca para informar, de forma divertida, que a doença tem cura e precisa ser tratada. "No início do tratamento, a pessoa deixa de transmitir a doença", assegura a coordenadora do Programa Hanseníase, Amália Salimena. Ainda de acordo com ela, o tempo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas pode ser longo e variar de dois até mais de dez anos. "Os sintomas são uma ou mais manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com diminuição ou perda total da sensibilidade. Por exemplo, há pessoas que se cortam ou se queimam e não sentem dor. O tratamento é de seis a 12 meses. O que vai diferenciar o período é o número de manchas que o paciente apresentar. Quem tem menos de cinco manchas se trata em seis meses. Já quem tem mais de cinco manchas precisa se tratar durante 12 meses. O paciente é tratado e curado", explica ela, ressaltando que o tratamento é gratuito.  

A hanseníase, que é uma doença infectocontagiosa e transmitida através das vias respiratórias (tosse e espirro), atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. A principal fonte de transmissão é a pessoa doente que ainda não recebeu tratamento medicamentoso. Amália alerta que a doença pode causar deformidades físicas, caso não tratada de imediato e de forma correta. "O paciente é tratado e curado. Em algumas pessoas, as manchas aparecem outra vez, mesmo depois da cura. Esse paciente é tratado como paciente de reação", completa. Em Maricá, há dez pacientes em tratamento e 32 em tratamento de reação.

Para a diretora geral da Escola Municipal Maurício Antunes, Manoela Costa, o evento de conscientização é importante para a transmissão da informação e prevenção da doença. "Com isso, eles vão passando para os coleguinhas e para a família", completa.

A equipe do Programa Hanseníase de Maricá é formada por duas médicas, uma fisioterapeuta, uma técnica de enfermagem, uma assistente social e uma coordenadora. O atendimento é feito no Centro de Diagnóstico, no Centro da cidade, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17 horas. De acordo com a coordenadora do Programa de Hanseníase, a ideia é visitar outras escolas municipais.