Programa Municipal de Saúde Mental faz ato pela luta antimanicomial

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Em reconhecimento ao Dia da Luta Antimanicomial, comemorado em 18/05, o Programa Municipal de Saúde Mental, através do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), realizará no dia 16/05, das 15h às 18h, uma série de atividades na Praça Conselheiro Macedo Soares, no Centro da cidade. O objetivo é promover a participação e inclusão social dos portadores de algum sofrimento psíquico.

Entre as atividades programadas, o público poderá conferir exposições de fotos e artes, sarau e apresentações dos usuários do CAPS. Segundo o coordenador do Programa Municipal de Saúde Mental, Paulo Renato, lembrar a data é de fundamental importância. "No dia da luta, não militamos apenas pelo fim dos hospícios. O manicômio se manifesta em nós mesmos toda vez que agimos com impessoalidade, preconceito e medo. Toda ação que visa à inclusão social luta contra a lógica manicomial, esta que extrapola os muros do hospital", concluiu.

Sobre o movimento

O Movimento Antimanicomial, conhecido também como Luta Antimanicomial, nasceu no Encontro Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, em 1987, em Baurú, com o lema "por uma sociedade sem manicômios". Denunciava-se abusos e violação de direitos humanos sofridos pelos usuários da saúde mental dentro dos manicômios e lutava-se pelo fim desse tipo de tratamento e pela instalação de serviços alternativos. Uma das conquistas do movimento é a Lei 10.216/2001, que determina o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e a instalação de serviços substitutivos. Desde então, o Brasil tem fechado leitos psiquiátricos e aberto serviços substitutivos: os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), as Residências Terapêuticas, Programas de Redução de Danos, Centros de Convivências, as Oficinas de Geração de Renda, etc.