Audiência pública discute emissário submarino da Barra de Maricá

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Audiência pública, realizada no Palladon, discutiu a implantação do emissário terrestre e submarino para transporte de efluentes domésticos

A audiência pública para debater a implantação do emissário terrestre e submarino para transporte de efluentes domésticos reuniu, na noite de ontem (02/04), centenas de pessoas no Palladon Festas, no Flamengo. O encontro, que contou com integrantes da Secretaria Estadual do Ambiente e também da Prefeitura de Maricá, serviu para que membros da sociedade civil pudessem tirar dúvidas e esclarecer pontos do projeto.

Entre os integrantes da mesa, a coordenadora de Projetos Especiais de Maricá, Luciana Andrade; o subsecretário estadual do Ambiente, Antônio da Hora; e o presidente da Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), Antônio Carlos Gusmão, que também presidiu a audiência. Após apresentação, a mesa diretora respondeu as perguntas enviadas pelo público presente.

Durante a audiência, os técnicos explicaram como será o funcionamento do sistema que vai levar os efluentes até o emissário, que terá quatro quilômetros de extensão e dez metros de profundidade sob o fundo do mar a partir da Rua Zero, na Barra. A tubulação será feita de polietileno e presa a aneis de concreto. No total, o projeto prevê a instalação de 200 quilômetros de tubulações, 19 estações elevatórias e cerca de 15 mil ligações residenciais no Centro e nos bairros de Araçatiba, Jacaroá, Itapeba, Barra e São José de Imbassaí. Além disso, será construída uma estação de tratamento de esgotos na Mumbuca.

O público fez questão de participar e dar sugestões. Entre as questões levantadas, o monitoramento da lagoa de Maricá para aferir os resultados da implantação do emissário no ecossistema lagunar. No momento, também foi solicitado que a instalação do canteiro de obras, que vai instalar a tubulação, não fique dentro da área de proteção ambiental da restinga de Maricá. A comissão se comprometeu a estudar as duas propostas.

A bióloga e coordenadora de Projetos Especiais da Prefeitura, Luciana Andrade, reforçou que a vida marinha se renova onde há emissários submarinos e que os peixes se alimentam de parte do que sai das tubulações, após feito tratamento. “A primeira coisa que precisa ficar clara para a população é que esse emissário nada tem a ver com o do Comperj, que vai passar por Itaipuaçu e com um propósito diferente deste. O mais importante benefício é que a lagoa próxima à área urbana vai parar de receber a carga orgânica que recebe desde sempre”, ressaltou.

Ainda segundo Luciana, a implantação de todo o projeto de saneamento ocorre dentro do cronograma estipulado. Os bairros da Mumbuca e Araçatiba já receberam novas redes de esgotamento sanitário.