Moeda Social Mumbuca: audiência pública esclarece moradores de Cordeirinho

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Novo encontro será realizado nesta segunda (02/09) em Inoã, às 18 horas

A Prefeitura de Maricá promoveu na última sexta-feira (30/08), em Cordeirinho, uma audiência pública sobre a implantação da moeda social Mumbuca. O encontro marcou o início de uma série de quatro encontros para o esclarecimento da população e dos comerciantes sobre a implantação da primeira moeda social da história de Maricá. A segunda audiência será nesta segunda-feira (02/09) em Inoã, às 18 horas, na E.M Vereador Aniceto Elias.

Conduzida pelo secretário de Direitos Humanos e Cidadania de Maricá, Miguel Moraes, a audiência pública teve ainda a participação dos também secretários Fernando Rodovalho (Obras), Márcio Leite (Executiva) e Sérgio Mesquita (Cultura), que compuseram a mesa diretora. Segundo Miguel, a próxima etapa será o cadastramento dos beneficiários do programa – a estimativa é que o número chegue a 12 mil famílias.

Ainda segundo o secretário municipal de Direitos Humanos, o grande diferencial entre a Mumbuca e outras moedas sociais que existem no país é que a de Maricá prevê complementação de renda para as famílias de baixa-renda. “A Mumbuca terá recursos mensais da ordem de R$ 1 milhão para conceder o benefício a famílias pobres, com valores entre R$ 70 e R$ 100, com previsão de chegar a R$ 300 mensais por família até 2016”, antecipou o secretário.

A secretaria de Direitos Humanos revelou que cerca de 200 comerciantes já foram cadastrados na região litorânea de Maricá para a circulação da Moeda Social, que será implementada por meio de cartões de débito ou crédito. Eles terão uma máquina específica para receber os cartões magnéticos da Mumbuca, que será indexada ao Real. “Achamos mais prudente utilizar o cartão para evitar possíveis falsificações do papel e para garantir que o valor será realmente gasto no nosso comércio”, ressaltou Miguel.

A reunião foi uma oportunidade importante para os moradores elaborarem perguntas esclarecerem dúvidas sobre o funcionamento do sistema financeiro que viabilizará o programa. As operações serão conduzidas por uma entidade sem fins lucrativos que ainda será escolhida. O programa terá ainda um conselho deliberativo formado pelo governo e representantes da sociedade civil e vai oferecer, também, linhas de crédito para micro e pequenos empreendedores, no valor equivalente a até R$ 15 mil.

“Isto servirá, por exemplo, para um pescador que precisa comprar seus insumos de produção, ou quer adquirir um barco maior se seu negócio está crescendo. O intuito é estimular a produção e comércio da cidade”, pontuou o secretário.

Nesta quarta-feira (4/9), em Itaipuaçu (na E.M João Monteiro) e na sexta, 6 (no Esporte Clube Maricá), no Centro, serão realizadas as demais audiências.