A secretaria municipal de Turismo de Maricá está promovendo, até 28 deste mês, a II Exposição de Orquídeas, no vagão que funciona como anexo da secretaria. São cinco espécies de epífitas (orquídeas aéreas) mais as de vaso, divididas entre exemplares de Pomanara, Phalaenopsis, Wandas e muitas outras, nutridas por adubos especiais e substrato à base de casca de coco, musgo, xaxim, carvão e pedra brita.
Segundo a produtora Giselle Flores, Maricá tem um bom clima para o cultivo de orquídeas. “São 25 mil espécies no mundo todo, sendo que aqui temos variedades únicas”, explica. A visitação pode ser feita de segunda a quinta feira, das 9h às 17h, e às sextas-feiras até às 20h. Os preços das flores variam de R$ 15,00 a R$ 150,00 a unidade. “Não temos do que nos queixar. O público nos visita para saber como tratar uma flor tão bonita e acaba comprando”, declarou. O telefone da floricultura é: (021) 2634-4643/9528-9129.
A dona de casa Ângela Corrales, moradora em Ponta Grossa, comprou duas mudas de Phalaenopsis, para acrescentar à sua coleção. “Não sei o nome, mas acho bonitas e a vendedora me informou que esta variedade é mais resistente que as outras, por isto vou levar”, declarou. Já a enfermeira aposentada Maria das Graças estava levando mudas para prender em árvores. “No verão, elas até que aguentam mais água. Estou buscando uma forma de mantê-las bem vivas e florindo. Giselle me informou que a claridade é essencial”, disse.
Neli Andrade, moradora de São José do Imbassaí, cultiva algumas espécies em casa. “Temos de procurar o melhor lugar para elas. Algumas se dão melhor no sol, outras na sombra. Só não gostam é de vento”, enfatizou.
Arte natural
O vagão exibe também a mostra de artes plásticas dos pintores Raphael Billé e Di Bonilho. São peixes, plantas e flores, que seconfundem nos traços e estilos dos dois artistas. Billé, autodidata, artesão e pintor, foi nadador profissional pelo Clube de Regatas Vasco da Gama e estilista. Já Di Bonilho estudou pintura na Faculdade de Belas Artes de São Paulo, na Escola de Pintura Di Cavalcanti, Escola de Artes Cândido Portinari, e História da Arte no Museu do Louvre, em Paris, França.
A exposição, que vai até junho, reúne telas a óleo, tinta acrílica, objetos como vasos, mobiles, telhas e matérias primas como casca de palmeira, coqueiro, madeiras de demolição e restos de queimadas, decorados na técnica do pontilhismo e técnica mista. Alguns trabalhos foram feitos a quatro mãos – o preparo do material por Billé e o acabamento artístico por Di Bonilho – como o interessante encaixe de tronco lixado e pintado com flores como fossem musgos em uma caverna.
