Quaquá toma posse e reafirma bandeiras do segundo mandato

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Prefeito, vice-prefeito e vereadores na cerimônia da posse.

“Vamos reunir 70 mil assinaturas em um abaixo-assinado na cidade para exigir o batalhão da PM, pressionar a Cedae para investir em água e acabar com o monopólio no transporte público”, declarou o prefeito

Na noite da posse como prefeito reeleito de Maricá – numa cerimônia que também empossou o vice-prefeito Marcos Ribeiro e os vereadores da cidade na primeira sessão solene da Câmara em 2013 – Washington Quaquá adiantou algumas medidas práticas para impulsionar as três bandeiras que irão nortear o primeiro ano de seu novo mandato, anunciadas publicamente há 15 dias.

Para uma plateia de duas mil pessoas, reunida na noite de ontem (01/01) no ginásio do Colégio Cenecista, no Centro, Quaquá anunciou as primeiras ações em torno da instalação de um batalhão da PM na cidade, da ampliação de oferta de água encanada e do fim do monopólio do transporte coletivo no município: “Vamos mobilizar a Câmara e a população e preparar um abaixo-assinado com pelo menos 70 mil assinaturas. É com esse instrumento que iremos sensibilizar o governador Sérgio Cabral, o Ministério Público e as autoridades necessárias para exigir a instalação do Batalhão da PM e as outras coisas”, declarou Quaquá. “Maricá possui a segunda maior taxa de crescimento do estado, com mais de 135 mil habitantes. E temos apenas um efetivo de 30 policiais. Isso é uma irresponsabilidade”, enfatizou.

O prefeito também explicou que os investimentos para levar água a Inoã e Itaipuaçu (obras que já estão em andamento) foram fruto de pressão do seu primeiro governo contra a Cedae, já que pelo contrato denunciado por ele como "criminoso", a empresa tinha 18 anos para cumprir essa meta. “A Cedae precisa acelerar os investimentos previstos no contrato de concessão que a penúltima Câmara aprovou no apagar das luzes de 2008, menos de três meses antes de eu assumir a prefeitura. Se a Cedae não começar a resolver em seis meses o problema da falta de água em Maricá, nós vamos encampar a Cedae”, afirmou, revelando também que já tem entendimentos com grupos nacionais e estrangeiros que podem investir no serviço a partir de uma concessão. "É o mesmo caso do que foi feito em Niterói", lembrou.

Sobre a situação do transporte público, o prefeito declarou: “Sabemos que novas empresas de ônibus têm interesse em vir para cá prestar um serviço de qualidade. A licitação de novas linhas de ônibus intermunicipais não depende do prefeito, mas essa foi uma promessa do governador para mim e vamos cobrá-lo”. Segundo ele, há duas novas linhas saindo da cidade em direção ao Rio, mas a empresa não consegue autorização para operar por pressão da atual concessionária. Washington Quaquá também determinou um rigor total da secretaria de Transportes na fiscalização: "Se a empresa proíbe os motoristas de transportarem estudantes e idosos, vai ser multada. Se o ônibus quebrar na rua, vai ser multada também", afirmou, anunciando um choque de gestão no terminal rodoviário do Centro. "O terminal tem de ser administrado e controlado pela Prefeitura, não pela empresa".

Parceria com a Câmara e busca por investimentos

Por fim, o prefeito ressaltou a composição da nova Câmara de Vereadores, dizendo que agora terá a seu lado um grupo comprometido com o desenvolvimento da cidade. “O ano de 2013 será especial para Maricá. Será o ano da construção do novo Hospital Municipal Ernesto Che Guevara, do Polo Naval, do Instituto Federal Fluminense, de uma nova unidade do SENAI, dentre outros projetos já em execução, como a entrega das primeiras casas populares do programa federal Minha Casa, Minha Vida”, disse.

Quaquá também destacou como meta para sua próxima gestão a privatização do aeroporto, a implantação do Complexo Turístico da Restinga, a Praia da Terceira Idade e a construção da Orla de Barra de Maricá, Itaipuaçu e da Marina em Ponta Negra. “Queremos o desenvolvimento de nossa cidade, mas com a participação ativa do povo em todas as nossas lutas e com a garantia de que o desenvolvimento seja sustentável”. Para ele, o combate ao poder das elites que dominaram o município por décadas se faz através desse processo. "Poder econômico se combate com poder econômico. Estou trazendo investidores de fora e a presença deles reduz a importância dos coronéis locais definitivamente".

Novo secretariado

O prefeito anunciou os secretários que irão compor sua equipe de trabalho: Kleber Ottero (Chefia de Gabinete); Maria Inez Pucello (Procuradoria); Jorge Castor (Ouvidoria); Max Aguiar (Administração); Alessandro Terra Paes (Ambiente); Paulo Fatigati (Articulação Política); Laura Maria Vieira da Costa(Assistência Social); Fabiano de Mello Filho (Assuntos Federativos); Paulo Maurício Duarte de Carvalho (Conservação); Joab Santana (Controle Interno); Sérgio Mesquita (Cultura); Lourival Casula Filho (Desenvolvimento); Direitos Humanos (Miguel Moraes); Marta de Mello Quinan (Educação); Shirlene de Barros (Energia); Leonardo Souza da Silva (Esportes); Márcio Leite (Executiva); Roberto Ataide Santiago (Fazenda); Conceição Denise Fortes (Idoso); Fernando Rodovalho (Obras); Rubem Pereira (Pesca); Sérgio Luis de Souza (Religiosidade); Janete Valadão (Saúde); Fabricio Soares Bittencourt (Segurança); Rosana Horta (Trabalho); Leandro Costa (Transporte); Amaury Vicente (Turismo); e Urbanismo (Celso Cabral Nunes).

Mesa Diretora da Casa Legislativa

Os 11 vereadores eleitos elegeram por unanimidade a Mesa Diretora da Câmara Legislativa para o biênio 2013 a 2014: Fabiano Taques Horta, eleito o presidente da casa; Aldair Nunes Elias (Aldair de Linda) vice-presidente; Filipe Dias Bittencourt, secretário; e Adailton Pereira da Costa Filho (Bubute), 2º secretário.

Além desses, foram empossados: Adelso Pereira, Ademilton da Silva Diniz (Tatai), Alcebíades Machado Filho (Bidi), Frank Francisco Fonseca da Costa, Helter Viana Ferreira de Almeida, Robson Dutra da Silva, Valdevino Costa da Silva (Chiquinho).

O presidente eleito da Câmara de Vereadores Fabiano Horta destacou a importância da transparência dos trabalhos realizados pelo legislativo. “Reafirmo o compromisso público de abertura da casa para possibilitar a participação do povo. Temos que falar direto com a população aproximando a Câmara da sociedade maricaense”, destacou o presidente.