Hoje é Dia do Salva-vidas

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Nesta sexta-feira, (28/12) comemora-se o Dia do Salva-vidas. A data é uma forma de reconhecimento e reforço da importância da presença deles nas praias – em uma época do ano onde muita gente vai para a praia à noite – para a vida dos banhistas sobretudo em Maricá, onde as condições do mar estão entre as mais difíceis de toda a costa do estado e, recentemente, duas crianças morreram afogadas na orla.

Há três meses, uma operação de salvamento em Barra de Maricá também mostrou a excelência do treinamento que recebem, que inclui pelo menos três horas de treinos diários tanto na areia quanto no mar, em qualquer condição de tempo: em um mar com condições adversas, um guarda-vidas de Maricá ficou por duas horas com um banhista aguardando a chegada de um helicóptero vindo do Rio. Ambos enfrentaram a hipotermia e o agente manteve o resgatado vivo até o salvamento – aplaudido por quem estava na areia acompanhando. “Foi o maior tempo que fiquei no mar em um resgate. Estou na Defesa Civil de Maricá há seis anos e sempre consegui salvar as vítimas dos resgates que participei. Estava exausto ao ficar duras horas nadando e acalmando a vítima. A sensação é de dever cumprido”, contou, na época, o guarda-vidas Daniel Nascimento.

Morador de Ponta Negra e trabalhando há 10 anos como salva-vidas, Fernando José de Souza, aos 32 anos, lembra de experiências compensadoras da profissão. No Réveillon de 2011 foi atender a um pedido de resgate no local conhecido como Sacristia. Fernando teve de nadar cerca de 1km até chegar às vitimas – uma senhora de 50 anos e sua neta – que haviam escorregado das pedras por conta do limo. Ambas usavam apenas uma caixa de isopor – que havia sido jogada ao mar, para se manter à superfície enquanto aguardavam o socorro. “O que me marcou foi a dificuldade de chegar até elas”, avalia.