Prefeitura discute implantação de Núcleo Municipal de Prevenção à Violência

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Representantes de diversas secretarias discutem implantação de Núcleo Municipal de Prevenção à Violência.

Representantes de diversas secretarias municipais de Maricá se reuniram na tarde desta terça-feira (30/10), na sede da Universidade Severino Sombra, para estudar a criação de uma rede interligada para atendimento a casos de violência na cidade e a futura implantação de um núcleo municipal de Prevenção à Violência.

O encontro foi organizado pela Secretaria Municipal de Saúde. Segundo a subsecretária de Atenção Básica e Saúde Coletiva, Larissa Morgado, há necessidade de se trabalhar de forma integrada. “Devemos pensar de forma articulada para oferecer uma série de serviços de caráter social e de segurança pública capazes de reduzir a violência e valorizar a cidadania", afirmou Larissa. "A ideia é levar o maior número de programas sociais do governo aos bairros e regiões mais vulneráveis a esse fato”, destacou a subsecretária.

Durante a reunião, Larissa apresentou uma base conceitual dos diferentes tipos de violência e também falou sobre a portaria federal nº 936, que trata da estruturação da Rede Nacional de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde. “Nesse primeiro momento, queremos identificar as ações já realizadas no município pelas demais secretarias, definindo quais serão as prioritárias para a criação de um núcleo de combate e controle”, ressaltou Larissa. Em um segundo momento, serão estudadas a elaboração e a aprovação do plano municipal de prevenção.

Participação das secretarias

Representando a secretaria municipal de Direitos Humanos, a superintendente de Políticas para as Mulheres, Luciana Piredda, que realiza um trabalho de referência no município à frente do centro de atendimento às mulheres, considerou a criação do núcleo um avanço. “Ele nos permitirá agir integrados e buscar a realização de outras ações. Por isso, é fundamental a participação de todas as secretarias”, comentou Luciana, que em casos de agressão encaminha a vítima para fazer denúncia na delegacia ou junto ao Ministério Público. “Ainda há muita resistência para se notificar os casos de violência, principalmente, de origem familiar. Mais importante do que notificar o fato em si é denunciar a suspeita para que a rede de atendimento possa se mobilizar para evitar a agressão”, destacou Luciana.

Reconhecendo a importância de um espaço de referência para atendimento contra violência, a fisioterapeuta do Programa de Atenção à Saúde do Idoso (PASI), Michelle Ferreira, é estudante de Direito e destacou a necessidade de se pensar em medidas protetivas para o agressor. “A legislação atual não visa apenas punir, mas também tratar e buscar formas de se evitar a reincidência. O interessante é nos atentarmos a história dos fatos, buscar se, por exemplo, o agressor está envolvido com drogas ou se sofre de algum distúrbio mental. Por isso, é importante o trabalho integrado de todos os setores para identificar esses casos”, explicou.

Serão agendadas novas reuniões para que os representantes das secretarias apresentem o fluxo de atendimento de casos de violência na cidade e forneçam sugestões que garantam a notificação dos casos e segurança para o agredido. O próximo encontro será no dia 12 de novembro, às 14h, em local ainda a ser definido.