Maricá colhe frutos do Programa de Atenção à Saúde do Idoso

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Programa de Atenção à Saúde do Idoso reduz casos de reinternação de pacientes crônicos

A expansão recente do Programa de Atenção à Saúde do Idoso (PASI) em Maricá já está dando resultados. O PASI desenvolve ações de assistência domiciliar, atuando na promoção à saúde e prevenção de agravos de pacientes crônicos. O objetivo é reduzir, a médio prazo, as reinternações de acamados ou semi-acamados que residam em áreas não atendidas pelo projeto Médico de Família do município.  "O projeto ganhou impulso a partir de janeiro deste ano e melhorou ainda mais há quatro meses, quando foi incluído o serviço odontológico, único nesse sistema no país", comemora o psicólogo e coordenador do Pasi, Jonas Gerhardt Ventura.  

O coordenador comemora especialmente a redução do atendimento hospitalar. "De 176 pacientes cadastrados, apenas seis faleceram e quatro foram internados até agora", conta Jonas, explicando a metodologia responsável pelos bons resultados. "Não damos alta. O que fazemos é reduzir a periodicidade do tratamento, à medida que o paciente melhora", acrescenta. O PASI atua em parceria com as demais unidades de Saúde e com o Conselho Municipal do Idoso (previsto no Estatuto do Idoso). "Com isso, há prioridade de atendimento e garantias”, afirma.

A assistência domiciliar funciona com uma van, doada pela Loterj, encarregada de levar os profissionais de saúde até a casa do paciente. São atendidos portadores de doenças crônico-degenerativas e/ou com incapacidade funcional provisória ou permanente, pessoas que precisam de internações prolongadas ou que passam por reinternações freqüentes.  As equipes são compostas por médicos (avaliação clínica), dentistas, nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros (responsáveispela orientação aos cuidadores), psicólogos (atendem o paciente e os cuidadores) e técnicos de enfermagem (fazem curativos, vacinação, coleta de materiais e monitoramento).

É preciso, no entanto, que o paciente se enquadre nos critérios de tratamento domiciliar estabelecidos pelo Ministério da Saúde.  Deve residir em área não incluída pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), possuir cuidador identificado, apresentar residência em condições mínimas de higiene, apresentar uma ou mais das patologias ou deficiências como acidente vascular encefálico com incapacitação motora, demências e neuropatias invalidantes, câncer em estágios incapacitantes e fraturas ósseas que ocasionem imobilidade.

José Vítor Garcia, de 82 anos, e Creusa Silva Garcia, de 75, moradores em Itaocaia Valley, são atendidos pelo PASI há três meses. Na primeira visita José sequer chegava ao portão, já que estava de cama, com problemas cardíacos e depressão.  Hoje, sorri e brinca. “Agora vai. Acho que ele (o coração) vai ter de esperar mais um pouco. Lembraram de nós, e estamos sendo muito bem tratados. Tenho visto outras cidades como o Rio de Janeiro na TV, e acho que eles não têm esse padrão de atendimento”, diz. A mulher, Creusa, faz sessões de fisioterapia para combater a artrose e a osteoporose, nas quais o fisioterapeuta Vitor Savino aplica eletrochoques e faz massagens. A cuidadora é a filha do casal, Maria Aparecida, de 38 anos.  "É um dever meu. Felizmente o PASI foi reativado e podemos contar com esse serviço,aqui o transporte é difícil”, completou.

Para o cadastro no PASI, o responsável tem de apresentar Xerox da identidade do idoso, cartão do SUS e comprovante de residência, no Programa de Atenção a Saúde do Idoso – PASI -, Secretaria Municipal de Saúde, que fica à Avenida Roberto Silveira, nº 46, Centro – Maricá. Informações pelo telefone: 2637-0091.