Censo Agrícola e Pesqueiro realiza trabalho em Itaipuaçu

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Técnicos da UFRRJ e do município cadastraram pescadores para o Censo

O primeiro Censo Agropecuário, Aquícola e Pesqueiro, que a Prefeitura de Maricá vem realizando através da Secretaria Municipal de Pesca,
Aquicultura, Agricultura e Pecuária, completou mais uma etapa da sua pesquisa, desta vez com os pescadores de Itaipuaçu. Neste sábado (23 de julho), a Associação de Pescadores do Recanto sediou a pesquisa, que cadastrou dezenas de pescadores artesanais da localidade. No domingo, 24, foi a vez da Rua 70, registrar atividades e condições sociais dos profissionais da pesca e suas famílias.

Participaram do levantamento, o professor de Administração Pública da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Hugo Poligliano Gonçalves, e os estagiários Rafael da Luz (Economia) e Felipe Garcia (Zootecnia). Um carro de som da Prefeitura de Maricá divulgou o censo com antecedência, além do site www.marica.rj.gov.br, e a imprensa regional. Os pesquisadores contaram também com a ajuda do presidente da Associação de Pescadores do Recanto, Paulo Cardoso, do vice-presidente Cláudio Isaac, e da tesoureira Virgínia dos Santos Costa, que convocaram os pescadores da área.

Na Rua 70, quem ajudou no recrutamento foi o presidente da associação local, Manoel Tavares, o Manoelzinho. O Censo faz parte de um planejamento territorial desenvolvido por universidades federais de 12 estados, com previsão de atender 33 municípios, com equipes transdiciplinares, e conta com o apoio oficial o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). No Estado do Rio de Janeiro, a parceria é com a Universidade Federal Rural (UFRRJ), e prefeituras municipais, como a de Maricá.

Fomento e assistência

Foram realizados dois questionários: um abordando atividades profissionais, vínculo sindical e/ou associativista, e outro, um levantamento sócio-econômico e nutricional dos produtores e suas famílias. O professor Hugo declarou que o Censo está em fase de aplicação em Maricá, mas que vem dando resultados positivos nos municípios onde já foi implantado.

Com os dados fornecidos tanto na área pesqueira quanto na rural, Maricá terá um dimensionamento maior do seu potencial e informações precisas sobre as demandas sociais do setor, podendo investir mais em políticas públicas de fomento e ampliar o leque da assistência social com projetos de financiamento e crédito rural, entre outros, além de ajudar a organizar os segmentos agropecuário e pesqueiro e associá-los a sindicatos e cooperativas que intermediarão questões trabalhistas, previdenciárias e de produção, a exemplo do Caminhão do Peixe (pescado local, do produtor ao consumidor, sem intermediários) e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que gerará renda direta para o produtor e uma economia anual para Maricá, da ordem de R$ 130 mil, entre outros.