Foto: Clarildo Menezes

As hortas agroecológicas implementadas em Maricá podem, em breve, ser adotadas pelo setor de Saúde do governo do Estado. É o que espera a coordenadora da Área Técnica de Alimentação e Nutrição da Subsecretaria Estadual de Atenção à Saúde, a nutricionista e sanitarista Katiana dos Santos Teléfora, que esteve em Maricá nesta quinta-feira (12/08).

A comitiva acompanhada do secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Julio Carolino, visitou as hortas existentes nos postos de saúde de Ponta Negra e Bambuí, além da Praça Agroecológica de Araçatiba e da Fazenda Pública Joaquín Piñero, no bairro do Espraiado.

O secretário explicou ao grupo que o objetivo das praças agroecológicas é o de colocar a população urbana mais próxima da terra e do que ela pode produzir. Para ele, o interesse de setores do governo do Estado é mais um reconhecimento das ações criadas na cidade.

“Vislumbrar o que implementamos como política de estado é reconhecer, sobretudo, a importância da alimentação saudável para a saúde preventiva. É sempre bom lembrar que as pessoas costumam adoecer pela boca, pelo que consomem”, disse o secretário, apontando os sistemas dos baldinhos como a próxima grande aposta de sua pasta. Nele, as pessoas vão receber esses recipientes para levar matéria orgânica descartada e trocar por produtos das hortas e da fazenda pública.

“Será importante não somente pela interligação que o povo vai ter com as hortas, será um meio de solucionar problemas de alimentação e de destinação do lixo, com reflexos na saúde pública. Estamos apostando neste novo projeto”, frisou.

A coordenadora Katiana Teléfora revelou que a ideia é que as unidades básicas de saúde de todo o estado tenham espaços para plantio de hortaliças. Segundo a sanitarista, a iniciativa será levada, no próximo dia 24, no Seminário Macrorregional do Sudeste do Ano Internacional das Frutas, Legumes e Verduras. Para ela, espaços como os que existem em Maricá ajudam a criar um ambiente de alimentação saudável.

“Além da desnutrição, há um desafio hoje de enfrentar a má nutrição, o que também interfere diretamente na saúde das pessoas. Apenas as ações de saúde que já conhecemos não bastam, é preciso ainda criar ambientes saudáveis, e as praças agrícolas que têm aqui dão esse caráter”, ressaltou a coordenadora, lembrando que projetos como este também podem ser viáveis em unidades maiores, como hospitais da rede estadual.

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